Javier Saviola e Lionel Messi. A amizade nasceu em 2001, depois de El Conejo ter ido espreitar um jogo dos juvenis do Barcelona. Messi cresceu depressa e acabou por jogar ao lado do compatriota na equipa principal dos catalães e na seleção da Argentina.

Na grande entrevista ao Maisfutebol, Saviola recorda o momento em que lhe falaram pela primeira vez em Messi na Catalunha e ainda recorda outro nome marcante na sua infância: Ariel Ortega. 

PARTE 1: «No Benfica, eu e o Aimar encontrámos o prazer de jogar»

PARTE 2:
«O Benfica sentiu no Bayern o que sentimos no FC Porto em 2010»

PARTE 3: «Com o Jorge Jesus nunca há meias palavras»

PARTE 5: «O Ruben Amorim divertia-me, não o imaginava treinador»


Maisfutebol – O que pensou ao ver jogar pela primeira vez em Barcelona um rapazinho chamado Lionel Messi?

Javier Saviola – (risos) Há uma história muito bonita. Quando cheguei ao Barcelona em 2001, vieram ter comigo e disseram-me assim: ‘Há um compatriota teu chamado Lionel, que tem 14 anos. Quando tiveres tempo vai vê-lo a jogar, é um jogador espetacular’. Disseram-me tudo o que ele era, mas quando chegamos a um clube novo queremos é treinar e estar concentrados no nosso trabalho. Mas insistiram tanto comigo que acabei por ir vê-lo. E realmente era tudo o que me diziam. Ainda muito pequeno, mas já a fazer coisas diferentes, que só ele fazia. Percebia-se que tocava a bola de uma forma especial, finalizava com uma facilidade incrível, fintava os miúdos quando queria. Não eram coisas habituais num menino de 14 anos. Criámos uma amizade muito bonita, porque os argentinos juntavam-se muito em Barcelona. Ele estava ainda a começar a carreira e tive o privilégio de acompanhá-lo de perto, muito antes de ele chegar à primeira equipa do Barça.

MF – O Saviola é do país de Maradona e de Messi, mas o seu ídolo em criança era outro.

JS – Sim, sempre foi o Ariel Ortega. Tenho uma admiração enorme por ele. Fez parceria no ataque do River Plate com o Francescoli, o Crespo, o Salas, enfim. O River tinha uma equipa espetacular. O Sorin também ainda lá estava. Ganhavam tudo na Agentina e a minha admiração por ele começou aí. Em 2001 tive a possibilidade de ser colega de equipa dele. Foi outra coisa que o futebol me deu. Estive ao lado do meu ídolo no balneário.