Bruno Lopes está no Estoril por empréstimo e essa cedência já dura há época e meia. «Vir para o Estoril é outro nível. Estava contente no Japão, mas o Estoril deu-me outro nível de competição completamente diferente», assume o avançado brasileiro.

Só que o contrato com o seu clube de origem, o Albirex Nigata, chega ao fim em dezembro. E chegará a altura de tomar decisões. «Agora, a luta é contra o tempo», diz o jogador em entrevista ao Maisfutebol assumindo que está determinado em «evoluir ao máximo para continuar a despertar o interesse do Estoril».

«Vou ter de acabar o meu contrato e seria muito importante para mim acabar esse contrato e ver no final da época o que conta para cada uma das partes. Há muitos factores», diz o avançado que afirma estar «muito feliz em Portugal, mas ter também a sua mulher e duas filhas em conta: «Também já tenho 28 anos. E tenho de pensar no bem estar que não é só o meu.»

«Vou dar o meu máximo para jogar, mas eu preciso de jogar. Se as coisas não estiverem a acontecer eu vou ter que procurar um espaço, um lugar que me proporcione mais oportunidades de aparecer, de fazer aquilo que eu gosto. Este é o meu plano futuro» do jogador que rocou a J-League por Portugal

No Japão «não há competitividade». «Em dois anos de J-League, em 68 jogos, participei em 64. Às vezes acomodamo-nos um pouco se não nos fazem sobram», confessa Bruno Lopes explicando entre risos que, «ao vir para cá, às vezes há sombra até de mais».

«A competitividade [no Estoril] para ver quem joga é muito grande. É uma coisa boa que nos faz evoluir, temos de querer sempre mais. Este ano, [a competição] na minha posição é de altíssimo nível e para mim é bom», assume o brasileiro.

«Não se pode usar desculpa dos que saíram»

Os resultados do Estoril «não têm sido os melhores, mas equipa tem demostrado jogo a jogo evolução» e a «primeira vitória na Liga Europa foi importante para a equipa, para o clube» e segue.se «manter essa imagem positiva». «A Liga não começou como queríamos, mas ainda temos hipóteses de alvançar os lugares mais acima da tabela».

Bruno Lopes evita dar explicações para o percurso do Estoril na Liga – apenas uma vitória em sete jogos – porque «arranjar fatores serve um pouco como desculpa» e prefere frisar que «está faltando o detalhe sorte» está a determinar os resultados.

As saídas de muitos jogadores ao longo de duas épocas também não lhe serve de desculpa, pois «as mudanças são notadas, mas são mais notadas quando os resultados não aparecem e volta-se a bater na tecla de terem saído muitos jogadores». «Mas também ficaram muitos jogadores do ano passado. E não se pode usar essa desculpa dos jogadores que saíram», aponta.

Aos resultados das duas últimas épocas conseguidos pelo Estoril, Bruno Lopes não quer vê-los como pressão, mas antes como fator de «ambição» para repetir o que foi feito. «O Estoril esteve dois anos nas competições europeias e esperamos manter esse nível. Mas é claro que os objetivos estão traçados: o primeiro é permanecer na primeira Liga, depois ir galgando...» «Como sempre foi feito aqui e tem sido receita de sucesso temos de manter os pés no chão», conclui Bruno Lopes.