Filipe Soares deixou a formação do Benfica no verão passado à procura de minutos e de se afirmar no futebol profissional e foi assim que chegou ao Estoril, um clube novo depois de mais de uma década a vestir de encarnado.

Na época de estreia com a camisola canarinha, o jovem médio fez 37 jogos e três golos repartidos entre a II Liga, a Taça de Portugal e a Taça da Liga.

À conversa com o Maisfutebol, Filipe Soares falou sobre o Estoril e sobre a incrível geração de 99, da qual também faz parte, sem esquecer os anos no Benfica e a formação do Seixal.

 

Visto nos intervalos dos jogos do irmão, foi da formação à equipa B do Benfica

Filipe Soares: «No Estoril saí da zona de conforto»

 

Não foi chamado por Hélio Sousa para o Mundial de Sub-20, uma prova que não correu muito bem a Portugal. O que poderá ter falhado na Polónia?

Esta seleção já deu provas de todo o valor que tem, mas nem sempre as coisas correm como esperamos. Não tivemos a pontinha de sorte que todas as equipas precisam de ter e, talvez, alguma frieza na finalização - acho que esse foi o fator-chave.

Depois de conquistar os Europeus de Sub-17 e de Sub-19, cair na fase de grupos do Mundial belisca alguma coisa?

Não, nenhum percalço retira o que esta geração já fez e conseguiu. É uma geração com muito valor e muita qualidade, e todos sabem disso, apenas não tivemos o sucesso que queríamos. Eu continuo a sentir-me orgulhoso por pertencer a este grupo. Agora, cabe-nos continuar a trabalhar para nos próximos anos voltarmos a alcançar mais vitórias e sermos campeões de Sub-21.

E foi uma desilusão não ter sido convocado? Tinha sido chamado na última convocatória.

Não, mas claro que tinha a esperança de ser chamado. Como se diz, a esperança é sempre a última a morrer. Qualquer um de nós tinha, de certeza, essa expetativa, sobretudo aqueles a quem a época correu bem. Acreditava que podia ser convocado, mas o mister Hélio Sousa só podia levar aqueles e fez as escolhas dele por acreditar que eram os melhores.

A geração de 99 é muito boa, não é? Muita quantidade e qualidade…

Sem qualquer dúvida. É só ver por onde anda esta geração, em bons clubes e a jogar regularmente, e também a quantidade de jogadores que poderiam ter ido à Polónia e não foram porque não havia lugar para todos. Tivemos sorte de aparecer todos nesta geração.

Sorte ou… azar?

Não. Apesar de tudo, considero que seja uma sorte porque isso nos dá maior competitividade, aprendemos uns com os outros e isso é sempre bom.