Filho do inesquecível Domingos Paciência, Gonçalo está ainda a 33 internacionalizações e 9 golos de igualar o registo do pai na Seleção Nacional. Ainda vai a tempo. 

A atravessar um excelente momento no Eintracht Frankfurt e plenamente recuperado dos problemas físicos que lhe roubaram a primeira metade da temporada, Gonçalo olha com ambição para a Liga das Nações e confessa o sonho de entrar nas próximas cadernetas do Europeu e do Mundial.

A entrevista exclusiva ao Maisfutebol serviu ainda para elogiar Dyego Sousa, colega de posição e candidato ao mesmo lugar de Gonçalo Paciência.


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Maisfutebol – Esteve na Seleção A há pouco mais de um ano. Este bom momento no Eintracht será suficiente para conseguir uma presença na Liga das Nações?
Gonçalo Paciência –
A seleção depende sempre daquilo que eu fizer no clube. Se eu continuar a fazer golos e jogar, acho que o meu regresso acontecerá com naturalidade. Não é uma obsessão, mas é um objetivo meu. Claro. Não posso pensar em estar na seleção se não estiver bem aqui na Alemanha. Temos de estar sempre de olho aberto e dar o máximo.

MF – Recebeu algum contacto recente por parte da FPF?
GP –
Não, mas sei que as pessoas estão atentas. Hoje é muito fácil ver os jogos todos. Não entraram em contacto comigo, mas já lá estive e penso voltar. Não estava à espera de ser chamado para estes dois jogos contra a Ucrânia e a Sérvia, sinceramente, porque só tenho sete partidas oficiais em 2019. A convocatória foi muito em cima do meu regresso à competição. Só agora é que estou a aparecer e talvez haja uma boa surpresa no final da época.

MF – Viu esses dois empates consentidos pela Seleção na Luz?
GP –
 Sim, vejo sempre. Portugal não teve os melhores resultados, mas não é preocupante. A equipa tem qualidade mais do que suficiente para dar a volta e vai estar no Euro2020.

MF – Os pontas-de-lança chamados foram o André Silva e o Dyego Sousa. O que lhe pareceu a chamada do avançado do Sp. Braga?
GP –
Conheço bem o Dyego e tem muita qualidade. É mais uma boa opção. Não me incomoda nada. A decisão é sempre do treinador, eu não sou nada egoísta, nada invejoso. Quero o bem de todos. Se calhar sou boa pessoa em demasia (risos). Espero que o Dyego esteja feliz. Se chegou à seleção é porque merece. É um grande jogador e está a fazer uma época excelente em Braga.

MF – A Liga das Nações está aí, em 2020 há um Europeu e em 2022 um Mundial. O Gonçalo comprava cadernetas e sonhava em ter lá o seu próprio cromo?
GP –
É o sonho de qualquer um (risos). Sempre fiz essas coleções e sempre tive uma enorme atração pelas grandes provas de seleções. Sonhei em ter o meu cromo na página da Seleção. Já tive o privilégio de estar nos Jogos Olímpicos e foi uma experiência fabulosa. O ambiente era incrível. Mantenho, aliás, contacto com a malta toda dessa seleção olímpica. Há memórias fantásticas, apesar da prestação desportiva não ter sido a melhor. Tenho colegas que já estiveram nos Jogos e nos Mundiais e alguns dizem que preferem os Jogos Olímpicos.
 

Gonçalo contra os EUA no jogo de estreia pela Seleção A