Ricardo Quaresma não esconde. Esperava estar entre os 23 para o Mundial, ficar fora da lista de Paulo Bento foi uma desilusão. E uma decisão que ainda não compreende. São palavras do extremo, que regressou a Portugal no início deste ano para jogar no FC Porto, em grande entrevista ao Maisfutebol e à TVI.

Quaresma diz, por exemplo, não perceber a explicação dada por Paulo Bento para a sua ausência, a ideia de que outros jogadores davam mais garantias no processo defensivo: «Sinceramente, não entendo a justificação do selecionador, mas respeito. Acima de tudo, respeito. Acho que criaram esse mito de eu não defender, porque quem viu os jogos do FC Porto, desde janeiro, viu que já sou uma pessoa muito diferente. Já não sou o jogador que era há quatro ou cinco anos. Sou um jogador mais de equipa.»

Apesar da tristeza pela ausência, também revela como a decisão do treinador o ajudou a perceber que ainda tem muitos «fãs»: «Percebi que ainda há muita gente que me admira e que gosta do meu trabalho. Por um lado, fiquei triste. Mas, por outro, fiquei orgulhoso e feliz por perceber que ainda há muita gente que gosta do meu trabalho.»

Quanto ao futuro, garante que não dirá não à seleção e fala da renovação, contestando a idade como critério: «Nós, os portugueses, temos a mania de que quando um jogador chega aos 30 anos já está velho, já está acabado. Acho que não é bem assim.»

Quaresma não deixa ainda de assumir que, do ponto de vista de um português, Portugal foi a grande desilusão do Mundial 2014. Analisa de resto o que viu do Campeonato do Mundo, escolhe favoritos e seleciona um entre todos. Neymar. «Jogadores como ele encantam-me, porque há poucos mágicos.»

Leia a entrevista: