Cédric deixou o Sporting para rumar ao Southampton, num contrato válido para as próximas quatro temporadas. O lateral direito vai assim vestir de vermelho e branco, depois de 17 anos a vestir a camisola verde e branca do Sporting. Ainda que, em 2011/2012, tenha jogado cedido à Académica.

Em entrevista ao Maisfutebol e à TVI, o internacional português revelou o porquê da escolha por este clube inglês, quando teve propostas de outros emblemas e de outras ligas.

No Southampton, Cédric vai contar com o apoio de José Fonte, o português que já pertence ao clube e com quem joga... à sueca.

Vai vestir de vermelho e branco, depois de 17 anos a vestir de verde e branco. Não vai estranhar?
(Risos) Vai ser de certeza algo estranho, inicialmente, mas algo a que me vou habituar. O alternativo deste ano é verde. Não sei se é por alguma razão em especial, mas é verde.

Escolheu rumar à Premier League, mas teve outras propostas, nomeadamente do país onde nasceu: a Alemanha. Por que se decidiu pelo campeonato inglês?
Falou-se muito na minha ida para a Alemanha, sim. Mas, neste momento, acabei por achar o campeonato inglês mais interessante para mim e para o meu futuro. Gosto de refletir nestes assuntos e decidi assim. A Liga inglesa é muito competitiva. Espero poder aprender com os melhores e continuar a evoluir. Além disso, é sempre muito observada e isso também é importante para nós, para nos mostrarmos enquanto jogadores.

Como será jogar em Inglaterra?
Vai ser uma sensação inexplicável, mas é assim que os jogadores se superam e crescem, profissional e pessoalmente. É sem dúvida umas das melhores ligas do Mundo, um campeonato muito competitivo. Foi por isso que aceitei este desafio. Espero evoluir muito na minha vida e na minha carreira.

E sente-se preparado para a exigência desta Liga? Três jogos por semana, muitos dos melhores jogadores do Mundo…
Claro. Acho que o Sporting me preparou muito bem. Em Portugal também estamos no topo. Claro que a Liga inglesa é uma das melhores do Mundo e vou ter de superar-me, mas isto é a nossa carreira: queremos sempre mais e melhor. Por isso, vou trabalhar muito forte nesse aspeto.

É o desafio mais importante da sua carreira?
Todos os desafios na minha carreira são importantes. Cada um a seu determinado momento e este não é exceção. Vai ser um grande desafio, sem dúvida. E neste momento é um projeto que quero agarrar por isso vou estar focado.

E o que espera deste projeto?
Continuar a minha evolução e ajudar esta equipa a conquistar novos objetivos, que será também pertencer àquele lote de equipas que vai à Liga Europa ou Liga dos Campeões.
 
Vai partilhar o balneário com um jogador que também começou no Sporting e com quem joga na seleção: José Fonte. Falou com ele?
Sim e vai ser, sem dúvida, um grande apoio para mim. Vai ajudar-me, como já me ajudou neste estágio. Foi-me sempre mantendo informado sobre tudo acerca do clube. O Zé falou sempre coisas muito boas e disse-me que tinha todo o gosto em que eu fosse para lá.

É público que são próximos, na seleção são companheiros de sueca…
(Risos) É verdade. O Zé costuma ser o meu parceiro da sueca na seleção e tem vindo a aprender umas coisinhas comigo. Terei muito gosto em continuar a jogar com ele, tanto na sueca, como no campo, porque é um excelente profissional e além disso um excelente amigo.

E com o treinador Ronald Koeman já falou?
Sim, troquei umas palavras com ele. Tive a oportunidade de privar um pouco com ele. Deu-me algumas informações sobre o clube, falou-me nos objetivos… conversa normal entre treinador e jogador. Pareceu-me bastante acessível. Quanto à sua qualidade, vê-se pelos resultados alcançados por onde tem passado.