A Argentina despediu-se da Argentina e venceu a Eslovénia no último jogo de preparação antes do início do Mundial 2014 no vizinho Brasil. Um triunfo por 2-0, num dia em que Alejandro Sabella testou opções e deixou as estrelas maiores no banco. Mas quando Di María, Aguero e Messi entraram, a história foi logo outra.

Marcos Rojo e Ezno Pérez ocuparam a mesma posição, mas em flancos opostos. O defesa do Sporting foi ala esquerdo, o médio do Benfica jogou na direita, num sistema de três defesas e que continua sem contar com Ezequiel Garay.


O primeiro dado a saltar à vista na partida foi a agressividade europeia. Muitas faltas, muitos toques escusados dos eslovenos e uma seleção sul-americana com um início demasiado expectante e a perder um médio: Lucas Biglia saiu lesionado.

Sabella ainda estava preocupado com o o jogador da Lazio, quando Ricky Alvarez roubou uma bola e partiu rumo à baliza de Vid Belec. O guarda-redes que defendeu as cores do Olhanense nesta temporada não conseguiu deter o remate colocado do jogador do Inter. Com o 1-0, a Argentina entrou em controlo, até porque havia pernas para salvar.

Ao intervalo, o resultado aceitava-se, até porque a Eslovénia raramente incomodou Sergio Romero, um guarda-redes-espectador em La Plata, e Rojo mostrava-se mais adaptado ao sistema de Sabella do que Enzo, quase um lateral-direito.

No segundo tempo, algumas ideias iam mudar. Esta sobre Enzo e outra sobre o jogo. A Argentina começou a fazer alterações e foram à luta Gago, Di María, Messi e Agüero. Houve uma diferença notória na partida, com os três a combinarem para o 2-0. 

O esquerdino do Real Madrid tocou a bola por cima de toda a defesa europeia, num passe fantástico. El Kun baixou-a de cabeça e Messi só teve de encostar para o 2-0, já depois de ter, mais uma vez, ter passado mal em campo (ao que parece, terá vomitado de novo).


A Eslovénia tinha incomodado Romero uma ou outra vez, mas a partir daí deixou de ter a bola. Essa era agora dos sul-americanos, com Enzo Pérez mais em jogo, fruto dos minutos finais a meio-campo, e da entrada de um jovem chamado Emanuel Mammana: é futebolista do River Plate, nunca jogou pela equipa principal do clube, mas tornou-se neste sábado internacional A - é um daqueles rapazes que treina apenas com a seleção, não faz parte dos 23 eleitos.

Em suma, foi um aceno tranquilo da seleção argentina aos adeptos, antes da partida para terreno rival.