O FC Porto garantiu neste sábado a conquista do título nacional de juniores pelo segundo ano consecutivo. Os dragões venceram o Belenenses por 3-2 - golos portistas por Moreto Cassamá, Mesquta e Madi Quetano Olival e repetem a festa, deixando o Sporting na segunda posição.

Mas quem são os rostos deste bicampeonato, tendo em conta que uma parte do grupo da época passada (na fotografia que ilustra este artigo) subiu à equipa B e contribuiu para a conquista da II Liga?

O treinador, António Folha, é repetente. O antigo extremo reformulou o plantel em torno dos elementos mais jovens que já tinham participado na caminhada triunfo da temporada 2014/15.

O extremo Bruno Costa foi o jogador mais utilizado ao longo da época. Internacional sub-19, o jovem chegou ao Olival vindo do Feirense, em 2009.

João Cardoso é a referência incontornável no setor intermediário dos dragões. Assume-se como capitão de equipa e tem cinco épocas de FC Porto (com a tradicional passagem pelo Padroense nos juvenis).

Na defesa, Fernando Fonseca foi titularíssimo no lado direito. Tem 19 anos e um uma enorme capacidade de trabalho pelo seu flanco, com agressividade quanto baste na disputa dos lances.

Folha: «Estes miúdos merecem tudo. Souberam dar a volta à situação»

António Folha utilizou ainda três dos cinco jogadores do FC Porto que se sagraram recentemente campeões europeus de sub-17 por Portugal: Diogo Costa foi a principal opção para a baliza, Diogo Queirós serviu de retaguarda para o eixo defensivo e Diogo Dalot não teve grande tempo de jogo face à concorrência de Fernando Fonseca.

O plantel foi sofrendo constantes mutações, com o recurso a juvenis ou juniores que já integravam a equipa B, como o extremo Ruben Macedo. Tendo em conta os elementos que fizeram no mínimo cinco jogos pelos juniores, é possível definir um grupo com 25 nomes.

Face aos índices de utilização, o onze ideal de António Folha teve Diogo Costa na baliza, Fernando Fonseca, Jorge Fernandes, Diogo Queirós e David Suahele na defesa, João Cardoso, Rui Pires e Moreto Cassamá no setor intermediário, Bruno Costa, Tony Djim e Luís Mata na frente. 

Nesta equipa virtual, saliente-se, estão dez portugueses. O avançado belga Tony Djim é a exceção. Luís Mata surge como extremo mas jogou várias vezes como lateral esquerdo, abrinco espaço para um avançado de raíz.

Rui Pedro foi utilizado com maior regularidade que Mesquita (autor de um dos golos desta tarde) e assumiu-se como um dos melhores marcadores dos juniores portistas, a par do capitão João Cardoso.

Nota final para Rui Pires, médio natural de Mirandela, que renovou recentemente contrato com o FC Porto até 2021 e ficou blindado por uma cláusula de rescisão de contrato de 25 milhões de euros.

Plantel (com mais de cinco jogos na época):

Guarda-redes: Diogo Costa, Mouhamed Mbaye e Fábio Ferreira;

Defesas: Fernando Fonseca, Jorge Fernandes, David Suahele, Diogo Queirós, Ayoub Abou, Sandro Fonseca e Diogo Dalot;

Médios: Bruno Costa, João Cardoso, Moreto Cassamá, Rui Pires e Chidera Ezeh;

Avançados: Luís Mata, Tony Djim, Rui Pedro, André Mesquita, Madi Queta, José Pedro, Michael Morais, Idrisa Sambú, Rúben Macedo e Generoso Correia.