O antigo vice-presidente da FIFA, Jack Warner, foi detido em Trinidad e Tobago na quarta-feira, horas depois de a justiça norte-americana ter alegado subornos nos Mundiais de 1998 e 2010.

Jack Warner era um dos nomes que compunha a lista de nove dirigentes, ex-dirigentes e parceiros da FIFA que «abusaram dos seus cargos de confiança para obter milhões de dólares em subornos», afirmou a procuradora-geral Loretta Lynch, em Nova Iorque.

O dirigente tinha declarado a sua inocência no Facebook, mas mais tarde entregou-se às autoridades e foi depois presente a tribunal em Porto of Spain, antes de um juiz estabelecer a sua fiança em 394 mil dólares, segundo informou a imprensa local.

Outro dos nomes já faleceu. Segundo a justiça norte-americana, Julio Grondona, ex-presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), recebeu subornos no valor de 15 milhões de dólares (13 milhões de euros).

Este escândalo na FIFA está longe do fim.

A ministra do Turismo e Desporto do Uruguai, Liliam Kechichián, revelou ter sido informada pela Justiça dos Estados Unidos da América de que a investigação «está só a começar» e que tem grande profundidade.

O país vê o seu nome envolvido, devido a Eugenio Figueredo, acusado de conspiração e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de quase 140 milhões de euros.

Por sua vez, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também já anunciou que vai investigar os contratos de administradores anteriores e comunicou o afastamento temporário do vice-presidente José María Marín, detido na Suíça.