Alguém tinha pedido um jogo emocionante? Persistem as queixas sobre falta de espectáculo neste Mundial? Pois bem, Eslovénia e Estados Unidos foram protagonistas de um dos melhores jogos do Mundial até ao momento. À partida poderia não ser um dado previsto, mas foi verdade. Ainda não se viu muito melhor, pelo menos a nível de emoção, no África do Sul 2010. O empate final (2-2) premeia o crer americano, depois de ter estado a perder 2-0 ao intervalo.

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Mesmo não vencendo, a Eslovénia maquilhou com qualidade a fraca exibição frente à Argélia. O triunfo que na altura pareceu meramente fortuito foi confirmado com uma exibição muito segura frente aos norte-americanos. Mas desta vez não deu três pontos, devido a anormais erros defensivos.

Depois de entrar francamente melhor no jogo, a Eslovénia marcou, num lance de fino recorde de Birsa, que se revelou um perigo, sobretudo em lances de bolas paradas. Este médio do Auxerre tem um pé esquerdo apurado e criou vários calafrios a Tim Howard.

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Os Estados Unidos demoraram a responder, mas, quando o fizeram, conseguiram mesmo sufocar o adversário. Torres testou a atenção de Handanovic de livre, aos 37 minutos. No minuto seguinte, foi Demerit a cabecear muito perto da baliza. Findley e Demerit voltaram a estar perto do golo, nos minutos seguintes, e este período de maior assédio norte-americano à baliza eslovena terminou com Brecko a tirar o pão da boca a Donovan, sobre a linha de golo.

Os norte-americanos não marcaram, acabaram por sofrer. Contra-ataque rápido da Eslovénia, com Novakovic a isolar Ljubijankic que, na cara de Howard, não perdoou e fez o 2-0. Castigo pesado para os EUA.

Donovan inicia «remontada» travada...pelo árbitro

A derrota ao intervalo praticamente afastava os EUA dos oitavos-de-final. Ciente disso mesmo, Bob Bradley trocou Torres e Findley por Edu e Feilhaber. Mas foram os jogadores que já estavam em campo de início a conseguir o «milagre».

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Donovan, logo aos 47 minutos, aproveitou um erro de Cesar para fuzilar Handanovic. Depois de reduzir, os EUA não conseguiram aplicar a pressão pretendida, fruto da boa organização eslovena. Mas acabaram por ser felizes quando iniciaram o «chuveirinho». Numa das muitas bolas lançadas para a área, Altidore saltou mais alto que toda a gente e entregou a Michael Bradley, filho do treinador, que empatou. A reviravolta só não foi completa porque o árbitro da partida anulou um golo a Maurice Edu, num lance em que não pareceu existir qualquer falta americana.

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A Eslovénia esteve muito perto de garantir o inédito apuramento para os «oitavos». Agora tudo será mais difícil, pois na última jornada mede forças com a poderosa Inglaterra, que ainda não vai estar apurada. Os Estados Unidos podem enfrentar uma Argélia já eliminada, caso os africanos não consigam pontuar, mais logo, com os ingleses.