O Atlético de Madrid recebe o Chelsea esta quarta-feira e antevendo este jogo, Saúl Ñiguez deu uma entrevista ao The Guardian em que abordou vários temas, entre eles o problema que tem no rim, devido a golpe que sofreu.

O internacional espanhol jogou durante dois anos com um cateter interno num rim, que o levava a urinar sangue no final de cada jogo ou treino.

«Disseram-me que o meu rim estava destruído. Foi o pior. Estava encostado na maca e vi o meu pai a chorar. Mas disse-lhe: 'Não se passa nada, eu sou um touro e posso com isto'. Foram tempos difíceis. O cateter dava funcionalidade ao rim, mas eu estava dorido, sentia-o a correr e urinava sangue. O problema foi quando tirámos o cateter, o meu rim não funcionou corretamente. Deram-me opções: jogar um mês e parar outro mês. Não quis, voltei a colocar o cateter porque queria jogar», conta.

Passado uns tempos, Saúl quis retirar o rim porque estar cansado das dores do cateter: «Doutor, retire-o. Tenho outro. Estava cansado de tudo. Estaria um mês fora, mas voltaria perfeitamente. O médico recomendou-me outras coisas, mas eu não queria.»

E foi neste momento da história que entrou em ação Burgos, o treinador-adjunto do Atlético de Madrid.

«O doutor disse-me que estás a pensar tirar um rim? Tens 22 anos! De que estás a falar? Usa a cabeça, Saúl pensa na tua vida e no futuro. O que acontece se tens um problema com o outro? Não haverá nenhuma maneira depois.»

Estas palavras fizeram Saúl repensar e voltou a colocar o cateter, que usou durante dois anos.

O referido golpe no rim aconteceu nos oitavos de final da Liga dos Campeões de 2014/15, frente ao Bayer Leverkusen, quando foi substituído ainda na primeira parte, com diagnóstico de traumatismo renal com hematoma.