Gabi deixou neste mercado de transferências o Atlético de Madrid e rumou ao Al-Sadd, do Qatar, mas revela que vive agora ainda mais intensamente o clube espanhol. E conta que tenta convencer Xavi, agora seu companheiro de equipa no clube que é treinado por Jesualdo Ferreira, a continuar a jogar.
«Até dezembro ele não vai sair, mas eu disse-lhe para ele prolongar a carreira até ao verão», contou o ex-capitão do At. Madrid em entrevista ao jornal As, adiantando, entre risos, o que disse ao compatriota: «Não corras, eu corro por ti».
Xavi foi fundamental na sua decisão de mudar, conta ainda Gabi: «Pediu o meu telefone ao Fernando Torres. Ligou-me e disse-me que o seu chefe tinha visto a final de Lyon. ‘Disse que tu eras o seu homem, que tinhas que vir para o Al Sadd.» Na altura, prossegue, não lhe interessou e ficou por aí. Mas dias mais tarde, depois de o At. Madrid lhe prometer um esforço para ficar mais um ano, recebeu outro telefonema de Xavi: «Esquece a outra proposta. Tu é que pões as condições.» E aí decidiu ir: «Era uma oportunidade que não ia voltar a acontecer.»
Gabi fala ainda sobre a ligação ao At. Madrid. «Sigo todos os dias [o Atlético de Madrid] e sofro mais agora, porque antes estava dentro, e desfrutava. Tinha capacidade de ajudar se algo se passasse, ou concertar… agora sinto-me impotente», começou por dizer.
Sobre a Supertaça Europeia, que vai opôr Atlético de Madrid a Real Madrid nesta quarta-feira, o médio de 35 anos frisa que «o Atlético de Madrid precisa de vencer», garantindo que «é um grande impulso para começar bem a Liga», confiando no trabalho realizado por Diego Simeone. «Vou ver [o jogo] com os meus filhos, e vou vestir a minha camisola e tudo mais», acrescentou.
Na entrevista, o ex-jogador do Atlético abordou a transferência de Thibaut Courtois para Madrid, mais precisamente para o Real. «Dói. Ele jogou contigo, ganhou títulos, e é estranho. Sim, é isso, mais do que doer, é estranho. Eu prefiro valorizar o que temos em casa, os que realmente vão estar aqui e querem estar nesta equipa. Os Koke, Saúl, Juanfran, Godín», declarou.
