O Barcelona voltou aos mínimos de 2020 e falhou a ultrapassagem ao líder Atlético Madrid. Nulo no Camp Nou, num clássico que teve um Atlético muito mais perto daquilo que Diego Simeone pretendia e um Barcelona demasiado previsível, apático, sem alma e ainda menos ideias. 

Ronald Koeman viu o jogo na bancada, por continuar suspenso, mas nem essa perspetiva o ajudou a decidir melhor. Ao intervalo, quando o jogo já estava como Simeone queria, o holandês limitou-se a trocar um dos três centrais (Mingueza por Ronald Araújo) e depois só voltou a acordar a 15 minutos do fim. Quando, insistimos, o Barcelona gritava por sangue e rasgo. 

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De forma resumida, o Barcelona viveu de Lionel Messi. O genial argentino teve uma jogada do outro mundo perto do intervalo, ao passar por sete (!) adversários e rematar para grande defesa de Oblak, atirou um livre a rasar o poste do esloveno e ainda serviu Piqué e Dembélé para cabeceamentos perigosos. O Barcelona foi isto, foi Messi. Francisco Trincão não saiu do banco de suplentes.

As fragilidades do Barcelona foram capitalizadas por um Atlético mais esperto e mais competitivo. Tapou os espaços que podia atrás e explodiu sempre com perigo nas transições, com Yannick Ferreira-Carrasco e Luis Suárez intratáveis. 

A equipa de Diego Simeone teve mais e melhores oportunidades, apesar de rejeitar a posse de bola e o ataque organizado, em posse. O treinador argentino manteve João Félix no banco até aos 67 minutos, mas o português entrou com vontade. Não teve grande impacto no ataque, mas lutou e ajudou a defender, recuperando até uma bola que lhe foi passada por... Messi. Por engano, claro.

É isto o Atlético Madrid e tem sido suficiente para continuar na frente da liga espanhola. 

O Atlético fica com 77 pontos, o Barcelona tem 75 e o Real Madrid tem 70, antes de receber o Sevilha no domingo. 

CLASSIFICAÇÃO DA LIGA ESPANHOLA