Em janeiro de 2009, Julien Faubert foi apresentado de forma algo surpreendente como reforço do Real Madrid. Até então, o lateral/médio francês havia apenas obtido uma internacionalização, num particular três anos antes.

Além das dúvidas levantadas em relação às capacidades do ex-West Ham para jogar no Real Madrid, outro facto saltou à vista quando foi apresentado como reforço merengue pelo mítico Alfredo Di Stéfano: a forma física. «Parece que tenho muito peso ou mais peso do que deveria, mas nem sequer tenho mais 500 gramas do que era suposto. Eu sou assim, fisicamente forte», alegou poucas semanas após ter chegado ao Real.

Agora, mais de dez anos após ter saído dos merengues pela porta pequena, Faubert falou ao programa «Los Otros», da Movistar e continua a afirmar que não estava gordo quando chegou ao Real. Ainda assim, a desculpa agora é outra. «Eu estava em forma. A cor da camisola, branca, é que me fazia mais gordo, mas eu não tinha nenhum problema. Para mostrar o meu nível, tinha de ter oportunidades.»

E Faubert não as teve. A ligação ao gigante de Espanha durou apenas seis meses, período no qual fez apenas dois jogos (ambos como suplente utilizado) e 54 minutos. Ainda assim, uma experiência com peripécias. Faltou a um treino a um domingo por pensar que o treinador de então, Juande Ramos, havia concedido folga ao plantel e correu o boato de que chegou a adormecer no banco de suplentes.

Juande Ramos também falou sobre a contratação de Faubert ao programa da Movistar. «Pedi o Valencia, que estava no Wigan, mas não o conseguiram. Disseram-me que iam ceder-nos o Faubert, um internacional francês. Como não havia outra possibilidade, chegou ele. Porque é que não jogou mais? Faltava-lhe nível para o que era exigido no Real Madrid», atirou.