A Federação Espanhola afirmou esta terça-feira, em comunicado, que conseguiu que o Sindicato de Jogadores se comprometesse a jogar com um mínimo de 72 horas de distância entre partidas.
 
«A RFEF conseguiu que a AFE se comprometesse a jogar, no mínimo, a cada 72 horas. O presidente Rubiales deixou claro na comissão de seguimento que as condições de saúde para os futebolistas serão inegociáveis. A Federação deixou clara a sua recusa de que os futebolistas joguem a cada 48 horas. Perante a postura inflexível da Federação,  o Sindicato de Jogadores viu-se obrigado a aceitar o mínimo de 72 horas, desfazendo assim o seu acordo prévio com a Liga», pode ler-se no início do comunicado.
 
Sendo previsível que o campeonato seja disputado debaixo de altas temperaturas no verão, a Federação impôs que os horários tivessem em conta as condições climatéricas e vai aprovar as pausas de hidratação para os atletas se refrescarem.
 
«A Federação impõe, desta forma, a defesa da saúde dos futebolistas como mais importante que a competição. Além disso, indicou que durante os meses de maio, junho, julho ou agosto, haverá especial atenção à disputa de jogos em que as condições de calor, radiação solar e humidade sejam contrárias à saúde dos futebolistas. Serão ainda aprovadas pausas de hidratação por tempo, para combater as temperaturas elevadas que se possam fazer sentir nos meses de verão», lê-se por fim.
 
No que diz respeito aos contratos dos jogadores, o Sindicato garante defender o «direito individual do trabalhador». «O Sindicato de Jogadores defende o direito individual do trabalhador, haverá alguns direitos individuais dos trabalhadores que terão de ser respeitados salvo acordo entre as partes. A FIFA não tem competência legal nas relações laborais entre clubes e futebolistas», explica.