Luís Enrique revelou, esta quarta-feira, ter sido o «único responsável» pela ausência de Robert Moreno na equipa técnica da seleção espanhola, adiantando que o ex-treinador nacional assumiu «uma ambição excessiva.»
«O único responsável ppr Robert Moreno não estar na minha equipa de trabalho sou eu. Não é o presidente Molina. Sabem que gosto de evitar polémicas, mas vejo-me obrigado a dar explicações», começou por dizer o técnico espanhol, na primeira conferência de imprensa após o regresso ao comando técnico dos espanhóis.
«A discrepância ocorreu a 12 de setembro, numa reunião que durou cerca de 20 minutos, na qual Robert me disse que queria continuar como treinador até ao Campeonato da Europa e depois sim, ser o meu adjunto novamente. Entendo que é ambicioso, que é uma ilusão ser treinador, mas para mim é desleal. Para mim, a ambição excessiva não é uma virtude, mas um grande defeito. Entendo sua decisão, mas não a partilho.»
«Disse-lhe não o via mais como o meu adjunto, que estava forte e que não sabia quando voltaria, mas que tinha vontade de trabalhar. A reunião terminou cordialmente e chamei as pessoas da minha equipa para conhecerem a minha opinião e a do outro lado, para que ninguém distorcesse as minhas palavras. A partir daí, devo dizer que nunca me ofereci à seleção. Nunca os contactei», explicou.
O novamente técnico da Espanha referiu ainda a lealdade que sempre sentiu por parte do presidente da federação, Luis Rubiales, e do diretor desportivo nacional, José Francisco Molina, vincando que está «empolgado» por começar e por «mostrar resultados».
«Rubiales e Molina sempre foram pessoas leais, honestas e sinceras comigo, quando representaram a seleção e quando não o fizeram. Foram-no quando fui treinador e quando deixei de o ser. Não sinto orgulho desta história.»
«Estou muito empolgado por começar e quero conversar com os jogadores e transmitir-lhes os meus valores. A equipa será a mesma. É certo que 2019 não foi um bom ano para mim. Gostaria de parar de 'remoer no lixo' e esperar ansiosamente, restabelecer a confiança do presidente e de Molina com trabalho e resultados», concluiu.
