Nolito está ciente da efemeridade da carreira futebolística. O avançado que passou pelo Benfica descreve a carreira de um jogador de futebol como «um estágio de quinze ou vinte anos», e tenta, por isso, retirar o máximo proveito da experiência. «Daqui a uns anos não haverá autógrafos ou fotos, apenas a pessoa permanecerá», sentenciou, em entrevista ao canal do Sevilha, o seu atual clube. 

Invocando a importância da figura do avô e das aprendizagens que beneficiou durante a sua relação com o mesmo, o atleta de 30 anos referiu que a exigência era um traço da sua personalidade. Quando o jogador apontava três golos, «ele chateava-se, porque achava que deveria ter marcado seis».

Apesar de traquina, Nolito sempre teve o seu avô como referência. «Éramos como o cão e o gato, mas ele ensinava-me sempre coisas boas. O meu avô tem 11 filhos e cresci com os meus tios, e tenho que reconhecer que era uma criança mimada. Foi o único que apostou em mim a 100% desde o início», referiu o internacional espanhol.

O jogador do Sevilha não esquece o lado humano dos jogadores de futebol de alta competição e lembrou o período em que possuía outro emprego: «Em jeito de brincadeira, pedi ao talhante se necessitava de alguém e acabei por ficar. Estive a trabalhar vários meses na área, a fazer almôndegas, espetadas e outras coisas.»