Ferland Mendy, lateral do Real Madrid, recordou esta segunda-feira, em entrevista ao canal da UEFA, a lançar o jogo com a Atalanta, um episódio dramático na sua infância que quase deitou por terra a sua carreira como profissional de futebol. Com apenas onze anos, o jovem defesa sofreu uma artrite na anca que degenerou numa infeção, foi operado, esteve três meses engessado e o médico chegou-lhe a falar na necessidade de amputação.

Um verdadeiro filme de terror no início da carreira. «É uma grande história. Passei por um momento muito difícil, mas tudo acabou por correr bem. Passeis sete anos no PSG, comecei nos sub-11 e lesionei-me antes de entrar na academia. Tinha uma artrite na anca e tive uma infeção e, por isso, tive de ser operado e estive muito tempo no hospital», recorda.

A carreira estava a começar e quase que terminou naquele momento. «Estive dois ou três meses engessado. Quando me operaram, o médico veio ver-me e disse-me que o futebol tinha acabado para mim. Chegou inclusive a falar em amputação. Tive de ficar numa cadeira de rodas por muito tempo, mais tarde com muletas e tive de reaprender a andar», prosseguiu.

Apesar de tudo, Mendy conta que nunca deixou de acreditar que ia deixar de jogar futebol. «Andaram comigo um lado para o outro, mas achei que podia voltar a andar logo a seguir. Levantei-me da cadeira e caí logo a seguir. Não tinha energia nas pernas, porque já não mexia as pernas há muito tempo. Mas sempre pensei que o futebol não tinha terminado e disse a todos que ia voltar. A maioria das pessoas achava que era impossível, mas aprendi a andar outra vez e joguei com dores durante quase um ano e meio. Depois fui eleito melhor lateral esquerdo por dois anos consecutivos. Acabou por correr bem», destacou ainda.