Zozulya foi anunciado esta terça-feira como reforço do Rayo Vallecano, mas esta quarta-feira deixou de o ser depois do protesto dos adeptos contra a sua contratação.

A afición rayista atacou de imediato o reforço nas redes sociais por ser um «nazi assumido» e esta quarta-feira apareceram no treino para demonstrarem o seu desagrado e reunirem com a direção e plantel.

Aliás, perto do relvado foi mesmo colocada uma faixa a dizer: «Vallecas não é para Nazis».

Conseguiram e Zozulya deixou mesmo o Rayo e voltou ao Bétis, clube que o estava a ceder.

O diretor desportivo do Bétis, Miguel Torrecilla, deu conta do sucedido: «As pessoas estão acima de tudo, vamos cuidar do Zozulya, queremos que tenha tranquilidade. Regressa a Sevilha por agora e vamos estudar o que podemos fazer com os nossos serviços jurídicos.»

Depois explicou que devido ao regresso não poderá jogar por mais ninguém, já que está inscrito pelo Rayo e no início da esteve inscrito pelo Dnipro.

«O jogador está muito afetado porque não esperava isto. No Bétis não pode jogar porque pertence ao Rayo, já está inscrito. Tão pouco pode ir para outro mercado, porque no início da temporada estava inscrito no Dnipro. Esteve no Bétis e agora no Rayo.»

Numa época um jogador pode ser inscrito por três vezes, mas apenas jogar por dois clubes.

Os adeptos criticaram a contratação do internacional ucraniano pela sua orientação política, sendo que a plataforma ADRV, de adeptos do Rayo, emitiu mesmo um comunicado.

«Ridículo atrás de ridículo. Quando parece que nos pode surpreender, este clube sempre consegue outra bofetada aos nossos valores e história: entre os milhares e milhares de jogadores que há no mercado decidem comprar um reconhecido neonazi como Zozulya», pode ler-se na nota.

Mais à frente apresentam os argumentos: «Não é uma questão de ideologias ou pensamento, vai mais além: o jogador ucraniano empunhou armas, doou dinheiro a movimentos fascistas, mostra os seus símbolos e manifestou em inúmeras ocasiões o seu apoio à ultradireita do seu país, para a qual é um símbolo.»

Esta manhã, no treino, teve mesmo de ser chamada a polícia para retirar do local do treino os adeptos que protestavam