Guru da realidade virtual, vencedor de Óscares e fã de futebol.

O nome dele saltou para as parangonas na sequência da operação «Cartão Vermelho», que envolveu o presidente do Benfica Luís Filipe Vieira.

Mas, afinal, quem é John Textor?

O milionário norte-americano, de 55 anos, começou por ser conhecido no seu país como diretor executivo da Digital Domain, a empresa que fez os efeitos especiais para filmes como «Titanic», «O Estranho Caso de Benjamin Button», «Piratas das Caraíbas» ou «Tranformers», tendo vencido com os dois primeiros um Óscar na categoria de melhores efeitos especiais.

Em 2014, a empresa foi acusada de lesar os contribuintes em mais de 80 milhões de dólares, mas Textor, um dos 23 acusados, não só não foi condenado, como até acabou por ser indemnizado em 8,5 milhões de dólares pelo estado da Flórida.

O caso, ainda assim, provocou o seu abandono da empresa a este licenciado em economia pela Universidade de Wesleyan (no Conneticut), que trabalhou também no setor da banca digital, antes de se afirmar como «Guru da Realidade Virtual», segundo a revista Forbes, através da FaceBank.

Com esta tecnologia, criou em eventos com grande impacto atuações em holograma de artistas já desaparecidos, como Michael Jackson e Tupac, e desenvolveu o museu da banda sueca ABBA.

É sócio maioritário da Fubo TV, uma espécie de Netflix para transmitir eventos desportivos, como as ligas profissionais de futebol americano (NFL), basquetebol (NBA), basebol (MLB), hóquei no gelo (NHL) e futebol (MLS), que se fundiu com a FaceBank em 2020, sendo também proprietário de uma loja de skateboarding. Ele próprio já foi praticante da modalidade.

Para lá de tudo isto, este empresário que tem a sua base em Palm Beach é também fã de futebol. Tem uma academia de jovens na Flórida e esteve recentemente interessado na compra do Crystal Palace, da Premier League.

Tem uma conta de Twitter com mais de oito mil seguidores onde se define como «pioneiro de efeitos visuais». Foi através desta plataforma e do seu site que nesta segunda-feira de manhã prestou esclarecimentos sobre a sua intenção de comprar 25 por cento do capital da SAD do Benfica.