Já lhe dissemos que o ataque do Benfica 2009/10 é o melhor dos últimos 26 anos. Em 1983/84, os encarnados liderados por Sven-Goran Eriksson marcaram mais golos, em média, do que a equipa de Jorge Jesus, que com o 3-0 à União de Leiria faz 2,78 golos por jogo. O de Eriksson fez 2,87.
Porém, um dado salta também à vista. Com 18 jogos disputados, Saviola, Cardozo e companhia somam 50 golos no campeonato. Nené, Manniche, Diamantino e colegas tinham menos: 45 golos à 18ª jornada. Pode, por isso, este Benfica bater a média de 1983/84?
Para além de golos, aquele ano, o segundo de Eriksson ao comando das águias, mostrou uma equipa imbatível em casa. Na Luz, no final de um campeonato com 30 jornadas, as águias mostravam 13 vitórias e dois empates em recinto próprio. As duas derrotas aconteceram fora. A primeira nas Antas, à 21ª jornada, com um 3-1 aplicado pelo F.C. Porto; a segunda no Berço, com o V. Guimarães a ganhar por 4-1.
O Benfica de Eriksson teve números incríveis: esteve 12 jornadas seguidas a vencer, entre a sexta e a 18ª. A sequência terminou num empate com o Estoril (1-1), na Luz. Foi também uma época de goleadas: cinco das partidas terminaram com mais de mão cheia de golos dos encarnados, sendo que as maiores goleadas aconteceram nas recepções a V. Guimarães e Penafiel (8-0) e ao Sp. Braga (7-0). Outros tempos, portanto.
Cardozo e Saviola têm 26 golos somados entre si, nas contas da Liga. O paraguaio leva 16, o argentino 10; em 1983/84, Nené e Diamantino apontaram 40 golos em conjunto: o primeiro fez 21 golos, o segundo fez 19, numa equipa que tinha ainda Manniche, Filipovic, Chalana e José Luís no ataque.
O Benfica de Jorge Jesus persegue o de Eriksson; Cardozo e Saviola correm atrás de Nené e Diamantino. Irão conseguir? A resposta será dada no final da época, mas você pode já deixar a sua opinião.