Juan Ignacio Chela garantiu neste domingo o triunfo final na 15ª edição do Estoril Open, depois de vencer na final Marat Safin. O tenista argentino, que vai receber como prémio monetário 72.120 euros, confessou estar especialmente satisfeito com o seu início de temporada e assumiu que a vitória sobre o antigo número um mundial foi bastante importante.
«Este torneio é especial. Ganhei em singulares e em pares. Ganhei ao Marat, que foi número um do Mundo, e foi importante, ainda por cima porque já tinha perdido com ele», afirmou Chela, depois de ter vencido a final do torneio português. «Comecei muito bem esta temporada. Ainda agora ganhei, estou com muita confiança e penso que posso ganhar quem quer que seja», disse o argentino quanto aos próximos desafios.
Sobre a final, em concreto, Juan Ignacio Chela admitiu que o adversário se desconcentrou a certa altura. «Foi um jogo bastante difícil, houve muito vento e isso afectou o Marat, que ficou algo nervoso no segundo set. Eu aproveitei», referiu. «A minha táctica era jogar para a direita e em profundidade e também sabia que seria um encontro longo, por isso, mantive-me tranquilo. Por sorte, saí-me bem e pude ganhar.»
Garantido o triunfo final, o argentino diz que leva «a melhor impressão de Portugal» e que quer regressar. «Não tenho nada de mal para dizer. Tudo me saiu bem, por isso, gostava de voltar», declarou o tenista, que mal bateu Safin ligou para casa a dar conta do triunfo. Quanto a festejos, não há tempo. Amanhã vou para Monte Carlo e não tenho muito tempo para festejar.
Safin queixa-se do árbitro: «Toda a gente sabe como eu sou»
Marat Safin foi o finalista derrotado da edição deste ano do Estoril Open. O tenista russo caiu às mãos de Chela, mas também apresentou algumas queixas quanto ao vento que se fez sentir no Jamor e à actuação do árbitro no encontro.
«No segundo set, comecei a cometer alguns erros e perdi a concentração. O árbitro deu-me dois avisos e foi uma coisa má que me aconteceu», queixou-se o tenista russo. «Penso que foi realmente injusto. Não é que eu esteja a culpar o árbitro por ter perdido. Eu atirei a raquete e ela partiu-se, penso que não merecia o ponto de penalização. No segundo set, cometi erros e o aviso apanhou-me de surpresa. Toda a gente sabe como eu sou, os árbitros conhecem-me», referiu.
Ainda assim, Marat Safin assumiu que Juan Ignacio Chela se apresentou a bom nível. «Ele foi um adversário muito sólido», disse.
Em jeito de balanço, Safin dá nota positiva à sua participação no Estoril Open. «Foi positivo. Estive parado duas semanas e meia e só voltei aos treinos poucos dias antes do torneio. Encontrei adversários difíceis aqui e as condições atmosféricas também foram difíceis», referiu.