A 23ª edição do Estoril Open foi apresentada nesta quarta-feira, depois de a sua realização ter estado em risco, devido à crise e à degradação do Jamor. O argentino Juan Martin del Potro, campeão em título e atual 11º do ranking ATP, é o cabeça de cartaz do torneio, que se realiza de 28 de Abril a 6 de Maio, e que pela primeira vez regista a entrada direta de dois portugueses no quadro principal.

«Se não se realizasse este ano, provavelmente, não se realizaria mais. Há imensos torneios que gostariam de passar a este escalão [ATP250] ou de ter estas datas, mas não há semanas disponíveis. Pelo que se alguém falhar, essa semana será ocupada ou mesmo extinta, até porque há jogadores que querem reduzir o calendário. Se falhássemos, seria a morte definitiva do torneio», lembrou João Lagos, diretor do torneio, na apresentação.

A seu lado, estavam Paulo Vistas, vice-presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Augusto Baganha, presidente do Instituto do Desporto de Portugal (IDP) e Rodrigo Mensurado, vice-presidente da Federação Portuguesa de Ténis. «Uma família», considerou João Lagos, mas também o reconhecimento da importância desta prova ao nível de quem decide.

«A presença do IDP é um sinal claríssimo de que vamos ter o Jamor em condições para receber o Estoril Open», reforçou o responsável, numa altura em que decorrem já intervenções nos campos.

Rui Machado: «Espero um dia fazer um Estoril Open brilhante»

Em disputa vai estar um prémio monetário de 600 mil euros, mais de metade para o quadro masculino (450 mil), ainda que o evento feminino seja «dos mais fortes de sempre, se não o mais forte», foi destacado.

Juan Martin del Potro é a estrela da 23ª edição, mesmo tendo deixado o top10 mundial na segunda-feira, sendo agora 11º. Além do campeão argentino, há mais dois jogadores do top20 assegurados, os franceses Gael Monfils (14º) e Richard Gasquet (17º), nomes revelados neste dia.

Rui Machado (80º) e Frederico Gil (85º) não precisaram de ajuda e, pela primeira vez em 23 anos, dois portugueses entraram por mérito no quadro principal, «libertando» três «wild cards» para convites de última hora.

Por anunciar fica uma «notícia fantástica», sobre as novas instalações do Estoril Open. Uma batalha que João Lagos não abdica e que gostaria de ver concretizada pelo menos até 2014, aquando das «bodas de prata» do torneio.