Frederico Gil foi eliminado na primeira ronda do Estoril Open, nesta terça-feira, pelo alemão Bjorn Phau, 87º do ranking, mas o tenista português, atual número 109, não sai desiludido. Pelo contrário.

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«Se fizesse mais uma boa semana ia estar ainda mais motivado, mas cheguei ao Estoril Open nos meus melhores quatro meses do ano. A minha carreira não é uma semana, apesar de esta ser especial, normalmente jogo sempre bem, infelizmente não consegui continuar, tenho 300 e tal pontos, não sei de cabeça, mas nunca tinha chegado ao Estoril Open com tantos pontos. Se tivesse somado pontos aqui seria importante, mas considero que estou a fazer uma época boa, que estou mais regular e esse era o objetivo», defendeu, no final do encontro.

Frederico Gil foi afastado em dois sets (6-4 e 6-2), ao fim de uma hora e vinte minutos, o que acontece pela segunda vez na primeira ronda, depois de em 2009 ter sido derrotado pelo norte-americano James Blake. O português até achou que entrou melhor que Phau, mas acabou travado pelos próprios erros.

«Relativamente ao braço [lesão recente], está bem melhor, já treinei sem dores, tenho o músculo ainda dorido, mas não me afetou o jogo. Não correu tão bem, acabei por cometer muitos erros, podia ter jogado um bocadinho mais sólido, tenho de procurar essa base mais sólida que tenho, se não são muitos erros cometidos. Ofereço muitos pontos», explicou.

O português, aliás, nunca se refugiou na lesão ou no vento forte para justificar a derrota. «Jogo aqui desde pequenino, desde os 14 anos, as condições até eram favoráveis, infelizmente não fiz um bom jogo. Era um torneio especial para mim, queria fazer uma boa semana, mas a vida continua. Não sinto que não me tenha adaptado, até entrei melhor que ele [Bjorn Phau], só não consegui fazer o meu jogo», esclareceu, ainda.

Terminada a participação no torneio de singulares masculino, uma vez que ainda vai disputar a competição de pares com o compatriota Pedro Sousa, Frederico Gil tem em agenda a participação no «qualifying» de Madrid, para o qual precisa de subir oito lugares no ranking, no Challenger de Bordéus e no «qualifying» de Roland Garros. Menos previsível é o apuramento para os Jogos Olímpicos de Londres.

«Possível é, mas vai ser difícil, penso que 11 de junho é o deadline [prazo final], é preciso estar nos 60/70 primeiros, não era meu objetivo estar em Londres e sim fazer uma época regular e acabar no meu melhor ranking [foi 62º em abril do ano passado], mas se conseguisse era mais uma motivação», admitiu.