O espanhol Albert Montanes bateu o português Frederico Gil numa final épica do Estoril Open, sagrando-se bicampeão do torneio, ao vencer por 6-2, 6-7 (4-7) e 7-5. É a segunda vez que o vencedor em título repete a proeza no ano seguinte, depois do austríaco Thomas Muster, já retirado, ter ganho no Jamor em 1995 e 1996.

Frederico Gil esteve muito perto de uma conquista histórica, salvou dois match points no segundo set, empatou o encontro no tie-break, mas não conseguiu resistir à maior experiência (e frescura) do espanhol na recta final do terceiro set e, apesar de ainda ter salvo mais um match point, não evitou a derrota, desperdiçando uma vantagem de dois jogos de serviço.

Montanes chegou à final com menos de metade das horas despendidas em court que Gil (3h47 contra 8h39) e após uma moralizadora vitória sobre o número um mundial, Roger Federer, que o espanhol preferiu festejar na véspera do que a própria presença na final, e, além de Frederico Gil, teve no público português um adversário de peso. Foi assobiado e os seus erros aplaudidos, mas tudo em nome do sucesso de Gil. Um court cheio para ver um português brilhar e com ele vibrar até ao fim, durante mais de duas hora e meia.

Em caso de vitória, que não só seria inédita no Estoril Open como num torneio ATP, Frederico Gil reentraria no top 100, pois subiria 52 lugares no ranking, trocando o 133º (já foi 66º) pelo 81º. Enquanto finalista, o tenista português não deixou de fazer história na prova e é certa a ascensão a 104º do mundo na próxima segunda-feira.