Marat Safin está pela primeira vez na final de um torneio graças à desistência do adversário. Quis o destino que o adversário fosse um amigo de longa data, o georgiano Irakli Labadze, mas nem por isso o tenista russo se mostrou menos satisfeito por passar antecipadamente ao jogo das grandes decisões.
«Não foi bom para ele, mas só posso dizer que é bom estar na final», declarou o tenista, depois de um encontro que durou apenas 23 minutos devido à lesão de Labadze. «Eu estou bem, agora vou deixar que os outros façam o trabalho sujo», disse, numa altura em que ainda não conhecia o seu adversário na final.
Assumindo que o jogo com Tommy Robredo foi o mais difícil que teve até agora no Estoril Open, Safin antecipou também a final, prevendo que tanto Chela como Mayer podem causar problemas. Mas Safin diz que ele é favorito. «Eu tenho mais experiência em finais e posso dizer que sou favorito», afirmou o russo.
A outra meia-final colocou-lhe no caminho Juan Ignacio Chela. E o tenista argentino concorda que Safin é favorito para a final. «Sim, ele é favorito. Foi número um do Mundo e é favorito, mas no court é que se vai ver», disse Chela. «O Marat Safin é um jogador completo. Tem um grande serviço, bate bolas muito no fundo do court e vai à rede sempre que pode. Por sorte, o jogo de hoje em pares não foi muito longo, por isso estou a 100 por cento. Estou preparado», garantiu.
Benesova e Loit para o tira-teimas
No sector feminino, a final de singulares vai colocar frente a frente a checa Iveta Benesova e a francesa Emilie Loit. As duas tenistas conhecem-se bem e estão à espera de uma final equilibrada.
«A Emilie é uma grande jogadora», assumiu Benesova, depois de deixar pelo caminho Stephanie Cohen-Loro. «Joguei com ela em Acapulco. Não gosto da maneira como ela joga, do tipo de jogo dela e espero um encontro difícil», declarou.
De qualquer forma, a tenista checa lembrou que esta está a ser uma boa época para ela. «Este é o meu melhor ano até agora, apesar de ainda estarmos no início da época», sublinhou Benesova.
Do outro lado, Emilie Loit diz que está bem fisicamente, mas está consciente de que terá de jogar ao mais alto nível frente à adversária checa. «Hoje estive muito bem fisicamente. No conjunto, sinto que estou melhor do que em Casablanca (torneio que venceu), onde até comecei mal. Estou muito bem e estou confiante», começou por dizer a francesa, que jogou as meias-finais com uma pequena inflamação no quadríceps, que não parece, no entanto, preocupante.
«Espero uma final equilibrada e terei de estar ao meu melhor nível para vencer», antecipou a tenista gaulesa. «Tenho de ser agressiva. Se estiver tão bem como hoje, tenho hipóteses», declarou.