No duelo entre duas equipas a ressacar da noite em que arrumaram a calculadora europeia venceu a equipa mais eficaz. O Vitória marcou dois golos em três oportunidades claras de golo, sendo que a terceira é já na última jogada do jogo, enquanto que o Estoril mostrou-se perdulário.

A equipa da casa também não conseguiu criar assim tantas ocasiões claras, por alguma precipitação no último passe e também mérito vimaranense, mas teve duas oportunidades de golo cantado, e ficou de mãos na cabeça.

Os primeiros minutos até faziam adivinhar um jogo intenso. Logo aos dois minutos Vagner quase oferecia uma prenda ao adversário, com um mau passe para Diogo Amado, mas o susto passou logo, tendo em conta que Maazou não conseguiu dominar a bola. E na jogada seguinte a equipa da casa esteve muito perto de inaugurar o marcador, com Luís Leal a aparecer isolado a passe de Sebá, mas a atirar ligeiramente ao lado.

O ponta de lança do Estoril esteve muito ativo na fase inicial do jogo, e aos 18 minutos entrou na área pela direita, para depois optar por um remate de ângulo difícil, à malha lateral.

Mas o entusiasmo dos minutos iniciais durou pouco. O Estoril não conseguiu manter a intensidade frente a um Vitória com as linhas muito juntas, e que aos poucos foi subindo no terreno.

O primeiro sinal de perigo vimaranens, tímido, foi dado por um cabeceamento ao lado de Maazou (21m). Pouco depois Rui Vitória viu-se obrigado a substituir o lesionado Abdoulaye por Freire (30m), para pouco depois festejar o golo de Tiago Rodrigues, após cruzamento de Luís Rocha da esquerda e corte incompleto de Babanco.

A cena repetiu-se

Marco Silva decidiu mexer na equipa logo ao intervalo, e com a troca de Diogo Amado por Balboa passou a jogar em 4x4x2, sendo que logo após o reatamento também Rúben Fernandes cedeu o lugar a Filipe Gonçalves.

O Estoril tomou de assalto o meio-campo defensivo do Vitória, procurando dar muita largura ao jogo, mas sem sucesso.

Se na primeira parte foi Luís Leal a falhar uma ocasião soberana, na segunda foi Filipe Gonçalves a personalizar a ineficácia estorilista. Aos 62 minutos o médio apareceu completamente solto na área, após cruzamento de Babanco, mas só com Douglas pela frente cabeceou ao lado.

Era o Estoril a falhar golos feitos e o Vitória a marcar. Já tinha sido assim na primeira parte, e repetiu-se na segunda. Bem mais eficaz, o Vitória acabou por sentenciar o jogo aos 78 minutos, com um golo de Marco Matias. André André colocou Maazou na cara de Vagner, e o ponta de lança contornou o guarda-redes para depois oferecer o golo ao camisola 7 vimaranense, que tinha entrado quatro minutos antes.