Ivo Vieira, treinador do Estoril, depois da goleada consentida diante do Sp. Braga (0-6), em casa, em jogo da 25ª jornada da Liga.

[Final da primeira parte foi determinante para este resultado?]

- Hoje tivemos o pior jogo diante de uma equipa com uma eficácia muito elevada, enquanto nós tivemos uma eficácia reduzida. Não entrámos bem no jogo, o Braga fez um golo e teve outra oportunidade. O segundo golo tirou-nos um pouco do jogo e com o terceiro ficou ainda mais difícil ficou. É verdade que equilibramos o jogo, tivemos momentos bons, mas o Braga foi superior, fez seis golos. O resultado não é bom, é triste para mim como treinador. É uma diferença grande para aquilo que foi o jogo. Na segunda parte, com os jogadores mentalmente mais fadigados, o Braga controlou o jogo e acabou por fazer mais três golos. Vir de trás não é fácil jogar frente ao Braga, é uma equipa bem orientada que se pode intrometer junto aos grandes. Acreditamos que podíamos fazer mais do jogo, ficámos a dever aos nossos adeptos que nos apoiaram até ao fim. Temos de virar a página. Perder 0-6 para mim não é igual a perder 0-1 ou 1-2. É uma derrota pesada, ninguém gosta de sofrer, mas temos de lutar. Faltam-nos nove jogos, vamos correr atrás, não vamos desistir. É menos um jogo para somar pontos, mas tempos de preparar o próximo jogo, levantar a moral e acreditar que é possível. As equipas que estão no fundo da tabela não estão muito longe. Com uma vitória podemos voltar estar na corrida.

[Quarta derrota consecutiva depois de três vitórias consecutivas. Aquelas suspeitas depois do jogo com o FC Poto afetaram a equipa?]

- Eu quando morrer quero ser enterrado de pé. Vou manter a minha dignidade até ao fim. Trabalhamos de forma concentrada para o jogo com o Braga. Montamos a estratégia que não surtiu efeito porque não conseguimos vencer. São situações alheias àquilo que é o desempenho dos jogadores em campo. O importante é aquilo que nós somos, o que queremos. Não acredito que isso tivesse afetado o rendimento da equipa. Estar a associar isto a essa polémica, não acho que seja de bom-tom. Em relação à fase menos boa da equipa, é verdade que tivemos um período bom, que já vai bem longe. Temos de acreditar. Dependemos muito daquilo que podemos fazer. Temos de lutar por aquilo que é o nosso objetivo, percebendo que isto foi uma fase menos boa. Sinto um elã, não pelas vitórias, mas por sentir que acreditamos. O mais fácil é atirar a toalha ao chão e desistir.

[Joel saiu ao intervalo, Kléber foi substituído, ainda não estão totalmente recuperados?]

- São dois jogadores que vêm trabalhando mas que ainda têm algumas limitações em ternos físicos. O Joel sentiu algum desconforto na zona em que se tinha lesionado e, por precaução decidimos tirá-lo. O Kléber também anda com problemas há algum tempo, tem vindo a treinar limitado e achámos por bem tirá-lo já numa fase tardia de jogo. Obviamente quando o resultado e mais pesado sente-se mais fisicamente. Se o resultado fosse mais favorável, eles andariam mais felizes.