Um estudo da Universidade do País Basco mostra que «não há diferenças técnicas entre homens e mulheres no futebol de alta competição». A análise, feita pela Faculdade de Ciências da Atividade Física e do Desporto, em colaboração com outras universidades europeias e com a FIFA, viu à lupa o desempenho de mais de cem futebolistas de ambos os sexos durante os jogos da Liga dos Campeões.

Mas, se a nível técnico-tático, «no que diz respeito a tempo de posse de bola, número de contactos com a bola e total de duelos ganhos, não há diferenças», a coisa muda de figura em termos de rendimento físico. Aí sim, as diferenças «são significativas». Neste aspeto, «as mulheres evidenciaram mais fadiga na segunda parte do encontro, correm menor distância total e com menor intensidade».

Julen Castellano, um dos investigadores responsáveis pelo estudo, afirma que «não houve surpresas». «Já esperávamos estes resultados», explicou, frisando que «o futebol feminino não pode ser um espelho do futebol masculino de algo rendimento» e «não deve aspirar nem à velocidade, intensidade ou distância percorrida pelos homens».