O jogador do Bayern Munique, Philipp Lahm, criticou a situação em que se encontra Yulia Timoshenko, líder opositora ao regime da Ucrânia, um dos países organizadores do Europeu. A política está isolada, em greve de fome e num estado débil de saúde, o que não passou ao lado do internacional alemão, que aproveitou para deixar um desafio ao presidente da UEFA, Michel Platini: «Tem de pronunciar-se sobre isto, espero com ansiedade pelo que tenha para dizer.»

«A minha posição sobre direitos fundamentais, direitos humanos, questões como a liberdade pessoal ou a liberdade de imprensa não corresponde com o que se passa na Ucrânia», afirmou o jogador alemão ao semanário «Der Spiegel», acrescentando: «O modo como estão a tratar a Yulia Timoshenko não tem nada a ver com o que é a democracia.»

O capitão da seleção da Alemanha alerta que a situação política que se está a viver na Ucrânia (que vai receber vários jogos do Europeu, incluindo a final) pode mesmo afetar o decorrer da competição. Colocado perante a possibilidade de ir à final do torneio e ter de apertar a mão ao presidente Viktor Yanukovich, Lahm contornou a questão: «Tenho de pensar bem. Pelo que sei, a cerimónia de consagração do vencedor, em Kiev, só vai ser feita por membros da UEFA.»

A situação em que se encontra Yulia Timoshenko já motivou o boicote político ao Euro-2012 por parte de vários líderes europeus como a chanceler alemã Angela Merkel.