O presidente da Federação Francesa de Futebol saiu em defesa do selecionador Didier Deschamps, acusado por Karim Benzema de «ceder à pressão de uma parte racista» para não o levar ao Euro2016.

«Não li a entrevista [à Marca], mas sei o que ele disse. Gosto do Karim, e não vou mudar de ideias por causa de um artigo de jornal. Sei que ele gosta da seleção e quer voltar. Excedeu-se um pouco. Preferia que ele tivesse sido mais amável para os colegas que estão a preparar o Euro. São declarações infelizes, palavras que não fazem sentido, pois não são realistas», disse Noël Le Graët.

O líder federativo garantiu que Deschamps está tranquilo e que «nada tem contra Benzema», defendendo que a seleção «recebe pessoas de todas as origens e todas as fés», e garantindo que as declarações «não vão afetar o grupo».

O diretor-geral da Liga francesa, Didier Quillot, também já manifestou «total solidariedade» para com o selecionador, e defendeu que «as razões da ausência de Benzema já foram explicadas».

As acusações de Karim Benzema foram também reprovadas pelo Ministro do Desporto, nesta quarta-feira. «Entendo a desilusão dele, mas não posso, sob nenhuma circunstância, aceitar as suas declarações», disse Patrick Kanner, citado pela agência Lusa.