O Alemanha-França das meias-finais do Euro2016 vai proporcionar um duelo entre dois dos guarda-redes mais reputados do futebol europeu. Presente na conferência de imprensa de antevisão do encontro desta quinta-feira, o francês Hugo Lloris deixou elogios a Manuel Neuer, o dono da baliza alemã.

«Dispensa apresentações. É realmente uma referência nesta posição. Após o Mundial do Brasil ganhou um novo estatuto, é praticamente um capitão da Alemanha. Faz a diferença no Bayern e na seleção, como fez nos penáltis com a Itália. Só podemos elogiá-lo. Fazemos parte da minha geração, e defrontámo-nos escalões jovens e agora como profissionais. Tenho muito respeito por ele», disse o guarda-redes do Tottenham.

A propósito de penáltis, Lloris ainda não foi chamado a um desempate da marca de onze metros, mas se tal acontecer assume que «é importante ter o máximo de informação possível», mas não «ficar demasiado focado nisso». «Também depende muito do que se sente no momento. Os marcadores de penáltis evoluíram muito, e agora colocam a bola onde querem, pelo que a concentração nos detalhes é muito importante, para ter algumas pistas», explicou.

A França foi eliminada pela Alemanha nos quartos de final do Mundial2014, mas Lloris defende que «isso é passado», até por tratar-se de uma competição diferente. «Queremos ganhar este jogo, diante dos nossos adeptos, para chegar à final. Esperamos ter uma grande noite», afirmou o guarda-redes francês.

«Há sempre lições a retirar das derrotas, assim como das vitórias. Não foi só esse jogo que nos permitiu crescer, foi todo o Mundial. Foi uma boa experiência. Perdemos frente a uma equipa então mais experiente, e que acabou por ganhar o título, mas a nossa equipa evoluiu, ganhou experiência. Estamos no caminho certo», acrescentou Lloris, que na mesma medida desvalorizou a vitória gaulesa num jogo particular disputado em novembro.

«Foi só um particular, e nada substitui as competições oficiais. A Alemanha tem sido consistente, sempre muito competitiva. Foi uma boa prestação da nossa parte, e podemos tentar procurar essa inspiração, mas não contextos diferentes», resumiu.