A UEFA esclareceu hoje que com o uso de tecnologia da linha de baliza no Euro 2016 a decisão de validar ou não um golo é sempre «exclusiva do árbitro e é final».

O organismo recorda ainda que os jogadores que necessitem de atenção médica após choques durante o desenrolar do encontro, com suspeitas de traumatismos ou concussões, só podem regressar ao relvado depois de avaliados.

O comunicado divulgado hoje pela UEFA refere que estas alterações, relativas ao uso de tecnologia na linha de golo, denominada por ‘olho de falcão’ (Hawkeye), e tratamento de lesões graves foram adicionadas às regras do Euro 2016.

Estas alterações, aprovadas a 3 de maio pelo Comité Executivo da UEFA, já estava incorporada nas regras da prova, mas um novo artigo vem agora clarificar que a decisão de validar o golo é «exclusiva e definitiva» do árbitro.

Depois de aprovar o uso da tecnologia, a UEFA elegeu a final da Liga Europa, entre o Sevilha, que revalidou o título, e o Liverpool, a 18 de maio, para estrear e testar o sistema utilizado nos torneios de ténis, com base no uso de câmaras estrategicamente colocadas.

O sistema foi testado uma vez mais na final da Liga dos Campeões, entre o Real Madrid, que conquistou o seu 11.º troféu, e o Atlético de Madrid, e será utilizado na Supertaça Europeia, a disputar a 9 de agosto, em Trondheim (Noruega).

Sobre as lesões graves, a UEFA acrescentou ao artigo 46-A do regulamento um aditamento, que determina que o árbitro pare o jogo em caso de um choque violento de forma a permitir que o jogador seja atendido pela equipa médica da sua equipa.

Qualquer jogador que sofra um ferimento na cabeça e necessite de assistência por uma possível concussão só pode continuar a jogar depois de ser devidamente tratado e avaliado. Deve haver uma confirmação do médico e da equipa de arbitragem sobre o seu estado, para que possa regressar ao jogo.

A UEFA acrescentou ainda que informou todas as 24 seleções participantes no Euro 2016 de uma série de aspetos relacionados com as leis de jogo, como a reformulação da definição de ‘jogo limpo’, em que os pontos disciplinares terão como base os cartões amarelos e vermelhos.

Outro dos artigos retocados, ainda de acordo com o comunicado do organismo, foi o que clarifica que um encontro deve ser suspenso se houver menos de sete jogadores numa das equipas e que o Comité de Controlo, Ética e Disciplina da UEFA decidirá as consequências.