O selecionador checo Pavel Vrba recusa falar em «milagre» depois do empate diante da Croácia (2-2), mas reconhece que o resultado permite à sua equipa continuar a acreditar na qualificação para os oitavos de final antes do último jogo diante da Turquia.

«Eu não usaria propriamente o termo milagre. Conseguimos um ponto que é muito importante para nós. Vamos jogar tudo no último jogo. Não estava a correr bem, mas conseguimos dar a nós próprios uma faísca de esperança para podemos passar esta fase de grupos. Todos os jogadores deram o máximo na segunda parte e, claro, os dois suplentes ajudaram muito», começou por destacar na análise ao jogo do Grupo D.

A verdade é que a Croácia foi muito melhor do que a República Checa, pelo menos até ao jogo ser interrompido devido ao arremesso de tochas da parte dos adeptos croatas. «O que ajudou mais foi nunca termos baixado os braços. Não deixámos de lutar pelo ponto e isso deixa-me mesmo orgulhoso destes jogadores. Ao intervalo disse aos jogadores que se não queriam jogar futebol, então não tínhamos lugar neste torneio. A Croácia estava a ser muito melhor. Não tivemos uma oportunidade, tentámos apenas afastar a bola da nossa área. Na segunda parte estivemos muito melhor e foi assim que chegámos ao empate. Também tivemos sorte. O jogo com a Turquia vai ser crucial», admitiu.

E o que aconteceu na primeira parte? «Não sei o que aconteceu na primeira parte. Antes do jogo falámos sobre muitas coisas, mas não as fizemos na primeira parte. Disse aos jogadores que estavam a jogar às escondidas. Só na segunda parte é que nos começámos a mexer e a ir para a frente», referiu ainda Pavel Vrba.