Quem olha hoje para Albin Ekdal, médio 58 vezes internacional pela Suécia e com uma carreira de respeito na Serie A italiana e na Bundesliga não imagina as peripécias pelas quais passou em jovem.

Natural de Estocolmo, Ekdal destacou-se nos suecos do Brommapojkarna, chamando a atenção da Juventus quando tinha apenas 18 anos.

Mas nessa altura, o foco do jovem filho do notável jornalista Lennart Ekdal não seria o melhor, conforme o próprio admitiu no verão passado num programa de rádio.

Nessa ocasião, falou de forma humilde e aberta sobre a carreira, desde o dia em que lhe disseram para voar para Turim para fazer exames médicos numa manhã em que estava de ressaca, ao dia em que podia ter morrido numa discoteca em Hamburgo.

«Caí numa mesa de vidro e um caco não acertou nos meus pulmões por poucos centímetros. Depois de oito dias no hospital, levantei-me para ir à casa de banho, mas desmaiei e acordei com várias pessoas a ajudarem-me a urinar.»

Agora, é diferente. E na estreia da Suécia no Europeu, foi uma das figuras que ajudou o conjunto nórdico a travar a favorita Espanha.

O jogador da Sampdoria pode ser frágil fisicamente, mas é um dos jogadores mais maduros do plantel que se viu privado de Zlatan Ibrahimovic à última hora. 

Fala frequentemente da importância de combater a homofobia, tanto na vida como no futebol. Afirmou ao Sportbladet: «Devia ser simples e alegre dizer às pessoas que se está apaixonado.» 

Este texto foi baseado no perfil de Albin Ekdal que pode ler no dossier dedicado à seleção da Suécia, um dos vários conteúdos publicados no âmbito da Guardian Experts’ Network, a rede de meios de comunicação que tem o Maisfutebol como representante português, para partilha de informação relativa ao Euro 2020.