Luís Figo mostrou-se esta segunda-feira ansioso pelo regresso dos adeptos aos estádios no Euro2020, depois de mais de um ano de restrições devido à pandemia da covid-19, esperando que a competição seja um «festival de futebol».

«Depois de um ano de espera, todos estamos ansiosos para ver uma grande competição com público nos estádios, como aconteceu na final da Liga dos Campeões. O ambiente é logo diferente, há mais cor e alegria. Espero que o Europeu seja um festival de futebol», afirmou Luís Figo.

Em Torrevieja, na zona de Valência, em declarações aos jornalistas espanhóis durante a gravação de anúncio publicitário para uma marca de cerveja, o antigo internacional português rejeitou apontar alguma equipa favorita para vencer o Europeu, mas considerou que os «históricos têm sempre alguma vantagem».

«Portugal está num grupo forte, com França e Alemanha. Há a Espanha e, com alguma surpresa, a Suécia», disse, em tom de brincadeira, o ex-futebolista, que estava acompanhado da sua mulher, de nacionalidade sueca.

A fase final do Euro2020, adiado para 2021 devido à pandemia da covid-19, vai decorrer de 11 de junho a 11 de julho, em 11 cidades de 11 países.

Sobre a tentativa de criação de uma Superliga europeia de clubes, o antigo jogador de Sporting, FC Barcelona, Real Madrid e Inter de Milão considerou que essa possibilidade «felizmente deixou de existir», já que seria «prejudicial para as competições nacionais e os clubes mais modestos».

«Seria estar a destruir a solidariedade no futebol e arruinar aqueles clubes que não têm possibilidade de chegar a um nível alto. Seria destruir 60 anos de solidariedade», apontou Figo.

O ex-capitão da seleção portuguesa mostrou-se ainda a favor do regresso de Raúl González, seu antigo colega de equipa, ao Real Madrid, para ocupar o lugar deixado vago pelo francês Zinedine Zidane, que também atuou com Figo no clube merengue.