[artigo atualizado para corrigir um lapso na tradução: o selecionador da Hungria não disse que «até o motorista ou o roupeiro» poderiam orientar a equipa portuguesa, tal a qualidade que tem, mas sim que, por essa razão, ele próprio «podia fazer de motorista ou roupeiro» da equipa das quinas]

Cristiano Ronaldo afirmou que ainda mais importante do que ganhar o jogo de amanhã será vencer o Europeu e o selecionador dos húngaros aproveitou a deixa para responder na antevisão.

«Faço de bom grado um acordo com Cristiano Ronaldo. Não sei se tenho capacidade para lhe dizer: "Então, nós ganhamos o jogo e vocês ganham o torneio." Se fosse possível, assinava já», gracejou Marco Rossi, que questionado pelo Maisfutebol sobre o maior perigo da seleção portuguesa, não foi parco em elogios:

«Podia dizer de cabeça os onze titulares. Portugal é a seleção campeã em título e teve sucesso na Liga das Nações. Tem jogadores de craveira mundial. Portugal tem tanta qualidade que eu até podia ser o motorista ou o roupeiro. Se falasse num jogador apenas, seria um desprimor para os outros. Agora, a nossa maior preocupação é a linha da frente. Temos de jogar como equipa e depois se houver alguma sorte pode ser que caia um bocadinho para o nosso lado.»

O técnico italiano revelou, por sua vez, a frente de ataque para os magiares para o jogo de amanhã e garantiu não ter preparado nenhum discurso motivador em especial. 

«Digo já ao Adam Szalai [ao seu lado na conferência] que ele vai fazer parte do onze. E o Roland Sallai também vai jogar. Não estou a fazer jogos psicológicos. Ele vai jogar amanhã na frente com o Roland. Quanto a discursos não há muito a fazer. Se alguém não estivesse suficientemente motivado seria indesculpável. Se não estão motivados, então, estão no desporto errado», afirmou, acrescentando: «Temos de encarar este jogo como se fosse o último das nossas carreiras.»

Sobre a baixa de João Cancelo, que testou positivo à covid-19, Rossi afirmou: «Claro que preocupação há sempre. Não tem a ver com o Cancelo ter teste positivo, mas estamos numa pandemia. É faz parte do nosso quotidiano, mas não queremos que aconteça algo de errado.»