A Itália de Roberto Mancini é uma das mais belas criações do Euro 2020. Uma criação surpreendente, de resto. Em muitos momentos, a Bella Italia fez lembrar as melhores versões de Espanha no período de Iniesta, Xavi e companhia. 

O que esperar agora de um duelo entre duas seleções que exercem especial fascínio com a bola e pela bola? Tem a palavra Roberto Mancini, ele próprio um esteta dos anos 80 e 90. 

«Será um jogo difícil. A Espanha tem um jogo diferente do da Bélgica [nos quartos de final]. Com a Áustria, nos ‘oitavos’, foi difícil para nós, porque eles são agressivos, impediram-nos de jogar. A Espanha é extraordinária. Agora, houve uma mudança de geração, mas são jovens muito fortes», começou por referir Mancini em conferência de imprensa.

O homólogo espanhol, Luis Enrique, também mereceu elogios. «Ele é muito bom. Não apenas porque ganhou a Liga dos Campeões com o FC Barcelona, mas porque todas as suas equipas jogam bom futebol. Isso revela capacidade.»

E a Itália, esta Itália, será a nova Espanha do futebol europeu? A dominadora do ataque organizado, do futebol em posse? Mancini pede calma. 

«Somos a Itália e temos o nosso estilo, não podemos transformar-nos em Espanha», avisou o antigo avançado. «O estilo deles está muito vincado há anos. O teste é duríssimo e para estarmos na final vamos ter de ser muito competentes.»

Leonardo Spinazzola, gravemente lesionado, é baixa importante na Squadra Azzurra. Será substituído por Emerson Palmieri. Andrea Bellotti sofreu uma pancada perto do olho, no jogo anterior, mas está disponível.