Kylian Mbappé falou pela primeira vez como capitão da seleção francesa. A questão da braçadeira foi, naturalmente, o tema que marcou a conferência de imprensa do avançado do PSG.

«Um bom capitão é algo que se preocupa com a equipa, que tenta unir todos e que consegue fazer com que todos o sigam. A primeira semana correu bem, recebi felicitações de muitas pessoas. Foi uma boa semana para mim. Um capitão depende da personalidade dos outros. Quero dar a todos oportunidade para que se possam expressar», começou por dizer.

«Não vou mudar. A minha voz é ouvida no balneário e tenho de utilizá-la o melhor possível. Defender mais? Farei o que o treinador me pedir», acrescentou.

O jogador, de 24 anos, explicou como e quando é que Didier Deschamps o informou de que iria ser o capitão dos «bleus». 

«Quando o treinador te informa disso, dizes logo que sim. Nunca pensei que seria o capitão. Na segunda-feira conversámos e o treinador perguntou-me se estava preparado», contou.

De acordo com a imprensa francesa, Antoine Griezmann não gostou de ser escolhido para vice-capitão e de não ser o sucessor de Lloris. Mbappé abordou o tema sem rodeios e admitiu que o compatriota ficou desiludido com a escolha de Deschamps.

«Conversei com Antoine, ele estava desiludido. É compreensível. Disse-lhe que teria a mesma reação. Ele é, provavelmente, o jogador mais importante da era Deschamps. Não sou o superior do Antoine. Vamos estar lado a lado e juntos, vamos tentar recolocar a França no topo do mundo. Se ele quisesse dizer algo em frente a todo o grupo, iria sentar-me e ouvir. Todos têm oportunidade de ser ouvidos», esclareceu.

Por último, Mbappé recusou o rótulo de ser um jogador egoísta. «Não entendo [de onde surgiu essa ideia], mas é a vida de um jogador de topo. As pessoas julgam do exterior. A minha obsessão é ganhar e ninguém ganha sozinho. As pessoas não sabem como me comporto em grupo.»