Portugal está na final do Euro de sub-21!

A seleção nacional suou e sofreu muito, mas acabou por ser feliz e afastou a Espanha, campeã em título, nas meias-finais do Campeonato da Europa da categoria. O cúmulo da sorte portuguesa foi o autogolo de Cuenca à entrada para os dez minutos finais (1-0).

Até ao minuto 80, o jogo pode dividir-se em duas partes.

Rui Jorge estreou Conté e lançou Rafael Leão por troca com Tomás Tavares e Gonçalo Ramos. O técnico português pretendia explorar a profundidade através da velocidade tanto do avançado do AC Milan como de Dany Mota.

A seleção espanhola tinha mais bola e criou a primeira situação de perigo. Para sorte lusitana, Brahim Díaz cabeceou por cima após bom trabalho de Bryan Gil. O conjunto de Luis de La Fuente criava perigo sobretudo pela esquerda com Cucurella e Bryan Gil, até que ao intervalo o selecionador decidir substituir (incompreensivelmente) o extremo do Sevilha.

A primeira parte esteve longe de ser entusiasmante. Ainda assim, Portugal dispôs de duas ocasiões para marcar. Álvaro Fernández evitou o golo de Vitinha de fora da área, aos 15 minutos, e mais tarde Leão trabalhou bem sobre Mingueza, mas definiu mal na pequena área.

A Espanha parecia um adversário ao alcance de Portugal. No entanto, o pior estava para vir para a seleção nacional que sofreu e muito no primeiro quarto de hora da segunda metade.

A «equipa das Quinas» foi atropelada, mas saiu ilesa durante esse período. «La Rojita» foi claramente superior ao adversário e criou inúmeras ocasiões de golo. A melhor de todas foi logo no primeiro minuto por Cucurella - o remate esbarrou no poste. Seguiram-se desperdícios de Brahim Díaz e de Manu García e defesas de Diogo Costa a remates de Miranda e de Cuenca.

Rui Jorge reagiu no banco de suplentes e começou por lançar Florentino para o lugar do discreto Gedson. Mais tarde, o selecionador trocou Dany Mota, Leão e Bragança por Tiago Tomás, Jota e Baró. 

Apesar das trocas, foram 'dois velhos conhecidos' que inventaram o golo português. Há mérito no passe fantástico de Vitinha para Fábio Vieira, nas costas de Juan Miranda, e na receção de peito do esquerdinho do FC Porto, mas houve também muita sorte no desvio de Cuenca que traiu Álvaro Fernández.
 

O golo, à entrada para os dez minutos finais, foi o melhor que podia ter acontecido a Portugal que praticamente não permitiu oportunidades até ao fim.

Falta agora o último degrau para o título europeu que fugiu em 2015.