Francisco Neto assumiu este sábado a ambição de escalar a «montanha muito grande» que é a Suécia no domingo para conseguir o apuramento para os quartos final do Campeonato da Europa feminino.
Na conferência de imprensa de antevisão da terceira e derradeira jornada do Grupo C, o técnico assumiu que o jogo de domingo vai ser «complicado», mas invocou o espírito da seleção portuguesa de futsal quando renovou o título de campeão europeu.
«Tal como disse o amigo Jorge Braz [selecionador português de futsal], é uma montanha muito grande para ser escalada, mas nós temos essa ambição e essa coragem de procurar escalar essa montanha», afirmou, face à necessidade de Portugal, que tem apenas um ponto, de vencer as suecas, com quatro, para seguir para fase seguinte.
Neto sabe que vai «jogar contra uma das melhores equipas do mundo», com jogadoras que «são muito fortes, gostam de ter a bola, gostam de pressionar, são muito agressivas nos duelos».
Além das jogadas de bola parada, onde as suecas «são muito boas», Portugal terá de encontrar soluções para enfrentar a superioridade física das oponentes, em média mais altas do que as portuguesas.
Porém, o selecionador manifestou-se satisfeito por ter concretizado a meta imposta logo no início, com Portugal a chegar ao último jogo «a depender» apenas dele próprio e salientou que as jogadoras vão precisar de estar concentradas e evitar os mesmos erros que permitiram à Suíça e aos Países Baixos conseguir vantagens de 2-0 no início das partidas.
«Quanto mais fortes são as equipas adversárias, mais difícil se torna dar a volta a esses resultados», reconheceu, vincando a necessidade de «ter um bocadinho mais controlo do jogo», perante uma oponente que é vice-campeã olímpica e segunda colocada no ranking da FIFA.
Sílvia Rebelo: «A pressão está do lado da Suécia»
Para a defesa Sílvia Rebelo, «a pressão está do lado da Suécia», que é considerada uma das favoritas à conquista do torneio continental, depois de ter erguido o troféu em 1984 e de ter alcançado os quartos de final na última edição, em 2017.
«Nós sabemos as dificuldades que vamos encontrar, mas também sabemos da nossa competência. Já que chegámos aqui a depender só de nós, vamos acreditar que podemos fazer história», defendeu a central do Benfica, de 33 anos, referindo que o desempenho durante este Europeu tornou a equipa «mais madura» e capaz