Depois da derrota na Holanda, a Seleção Nacional de sub-21 voltou esta terça-feira ao trilho de vitórias na fase de qualificação para o Europeu da categoria, ao vencer na deslocação ao terreno da Noruega, por 2-0.

Um triunfo justo, construído sob condições adversas – muito frio, relvado sintético e a jogar com menos um durante uma hora – e que tem um nome a brilhar mais que todos os outros: Fábio Vieira.

A cumprir apenas a segunda internacionalização na equipa de Rui Jorge, o médio do FC Porto jogou, fez jogar e empurrou a equipa das quinas para o sucesso em solo norueguês.

E o recital de Fábio Vieira começou logo bem cedo, aos dois minutos: Jota cruzou para o coração da área e o número 23 das quinas, depois de dominar, rematou sem deixar cair para o fundo das redes.

O FILME E A FICHA DO JOGO.

Marcador aberto e uma maior tranquilidade para os jovens portugueses no gelo nórdico. A equipa de Rui Jorge instalou-se no meio-campo adversário e foi controlando as operações da partida a seu belo prazer. Era uma questão de tempo até ao 2-0 aparecer.

E ele apareceu, aos 20 minutos: Fábio Vieira (sempre ele) descobriu Rafael Leão nas costas da defensiva norueguesa, o avançado do Milan temporizou e descobriu Jota dentro da área para o segundo do jogo.

20 minutos, dois golos, total controlo das operações e a vitória parecia estar no bolso. Até que Diogo Queirós viu dois amarelos em seis minutos e deixou o conjunto luso reduzido a dez unidades a uma hora do apito final.

A Noruega cresceu, pressionou Portugal nos últimos 15 minutos do primeiro tempo, mas nunca conseguiu incomodar verdadeiramente Diogo Costa.

3-0 e... aperto

Na segunda parte, já mais repostos da expulsão de Diogo Queirós, os jogadores portugueses entraram com a lição estudada e voltaram a assumir o controlo das operações, apesar da desvantagem numérica.

A Seleção Nacional voltou a controlar o jogo com bola, não deixando a Noruega aproximar-se com perigo da baliza de Diogo Costa, e ainda foi ameaçando aqui e ali o 3-0, com Trincão, por exemplo, a atirar à barra à passagem da hora de jogo.

Não marcou Trincão, marcou Florentino, com Fábio Vieira novamente na jogada: cruzamento do esquerdino e o médio luso a cabecear para o fundo das redes, isto com apenas 12 minutos para jogar.

A vitória estava cada vez mais perto, mas Florentino borrou a pintura pouco depois, cometendo um penálti que Thorstvedt tratou de converter.

O golo deu novo ânimo ao conjunto da casa, que conseguiu ainda fazer o 3-2 em cima dos 90 minutos, por Larsen. Portugal jogou os derradeiros minutos de desconto com o coração nas mãos, depois de ter tido a vitória praticamente garantida, mas foi eficaz a travar o ímpeto aéreo dos noruegueses.

Três pontos que têm muito de Fábio Vieira, e que permitem à Seleção Nacional subir ao segundo lugar do grupo, com nove pontos, menos três do que a congénere e líder Holanda.

O resumo da partida: