Manifestação de poder belga em São Petersburgo. Líderes do protesto anti-Rússia? Romelu Lukaku, autor de dois golos, e Dedryck Boyata, defesa e protetor convicto dos ideais dos «diabos» de Roberto Martinez. Um 3-0 tão natural quanto justo. E tranquilo. 

A partilha de dados é pública. A Bélgica é a líder do ranking mundial da FIFA, está recheada de unidades de classe mundial e apresentou um nível incompatível com as determinações desta Rússia. Muito fraquinha, do princípio ao fim. 

FICHA DE JOGO e AO MINUTO do Bélgica-Rússia

Apesar de jogar em casa, na bela São Petersburgo, a equipa do senhor Cherchesov - um selecionador que foi um guarda-redes muito razoável - nunca se sentiu cómoda. A oposição teve voz ativa desde o pontapé de saída, afrontou o estatuto do visitado e espalhou a voz popular desde bem cedo. 

Os erros do programa russo ajudaram bastante, é verdade. Aos 10 minutos, Semenov - defesa do modesto Akhmat Grozny, o que talvez ajude a perceber tudo - errou completamente a abordagem a um passe de Castagne e Lukaku não perdoou. 

O belga estava em posição irregular, mas a equipa de arbitragem considerou que a ação de Semenov anulou essa ilegalidade. 

A Bélgica jogava como queria, sem ponta de exagero. Tocava a bola, encontrava espaços, perturbava a Rússia em todos os momentos. E o segundo apareceu com toda a lógica, marcado por Thomas Meunier, ainda antes do intervalo. 

Mesmo a perder, a Rússia manteve as linhas baixas e a incapacidade de se aproximar da baliza de Courtois. Muito menos de criar perigo. Foi assim até ao intervalo, melhorou ligeiramente depois do descanso, mas pareceu sempre um regime sem rei nem roque. 

A Bélgica não teve Kevin De Bruyne, lançou Eden Hazard só a meio do segundo tempo e fechou as contas novamente pelo incontrolável Lukaku, bem lançado por Meunier. 

Em determinados momentos, pareceu tudo demasiado fácil. Como se de um lado houvesse tanques e do outro apenas fisgas. Esta Bélgica é um sério candidato a chegar à final de Wembley.