Sabe quem é Magagaga?

E se lhe disser que é o King? Ou Pantera Negra? Ou, apenas e só, Eusébio da Silva Ferreira.Tudo alcunhas do avançado que fez história no Benfica e na seleção nacional, sendo que a primeira é, naturalmente, a menos conhecida.

A história da alcunha é contada por Hilário, amigo de infância de Eusébio e antigo jogador do Sporting, no filme «Eusébio-História de uma Lenda», de Filipe Ascensão, exibido nesta segunda-feira à imprensa. 

«Magagaga era o ‘gajo’ que trepava», conta, em alusão à força e velocidade de Eusébio ainda jovem.

O filme, que o Maisfutebol já tinha apresentado, documenta o percurso de Eusébio, de Moçambique a Lisboa. É Eusébio, através do seu próprio testemunho, a figura que conduz o que foi a sua vida, até à consagração como melhor jogador da Europa com a Bola de Ouro, em 1965, e ao Mundial 1966.

Os muitos golos (733), as jogadas, a conversa em que Salazar lhe diz que «não vai sair do país», o joelho massacrado ou as lágrimas na derrota na meia-final do Mundial de 1966 estão no filme de Filipe Ascensão, numa história acompanhada não só pela voz de Eusébio, mas de companheiros como Hilário, Simões, José Augusto, Shéu ou Bobby Charlton, figura ícone do Manchester United. Ou ainda da sua mulher, Flora. E com muitas imagens da época, de jogos e de ambientes, como as multidões em frente a televisões na sede da RTP a acompanhar os grandes jogos do Benfica e da seleção.

Também está Manuel Rodrigues, antigo jogador do Belenenses, a contar o episódio em que, no calor do jogo, insultou Eusébio e a sua mãe. E como, num livre, Eusébio lhe acertou. Foi parar ao hospital e o «King» conta que não voltou a conseguir concentrar-se no jogo.

Rui Costa e também Luís Figo e Cristiano Ronaldo, os outros dois únicos jogadores portugueses que conquistaram a Bola de Ouro, dão igualmente depoimentos no filme, onde falam da forma como Eusébio era recebido no estrangeiro quando acompanhava o Benfica ou a Seleção.

O filme estreia nos cinemas a 23 de março.

(Artigo atualizado)