Usain Lightning Bol em entrevista exclusiva ao Maisfutebol.
Da pequena cidade de Sherwood Content, e da escola primária de Waldensia, para a eternidade no desporto mundial. O conto de fadas do campeoníssimo jamaicano.
Numa conversa descontraída e sempre em tom afável, Usain recorda a infância, a entrada no atletismo, a paixão por críquete e futebol, o bom ADN familiar para o desporto e os dois grandes ídolos.
Senhoras e senhores, eis Usain Bolt, lenda viva do desporto mundial, num rigoroso exclusivo para os leitores portugueses.
Fale-me um pouco sobre a infância na Jamaica. Qual era o seu desporto favorito?
«Tive uma infância fantástica, crescer na Jamaica é uma experiência incrível. Era um miúdo muito ativo, estava sempre a correr e a trepar árvores. Tinha tanta energia e corria tanto que a minha mãe me levou ao médico, para ver se estava tudo ok com a minha cabeça (risos). Os dias eram passados a brincar e também a jogar críquete e futebol».
Sempre foi o rapaz mais rápido da escola?
«Sim, não quero parecer convencido, mas sempre fui (risos)».
E quando é que começou a apostar seriamente no atletismo?
«O culpado de tudo foi o meu treinador de críquete. Ele via-me a correr na escola e disse-me que eu devia fazer uns testes com o professor de atletismo. Tinha 12 anos e fui fazer uns testes. O homem ficou convencido. Fui bem sucedido no atletismo desde os meus primeiros treinos».
Há outros desportistas na sua família, outro bom atleta?
«A minha mãe e o meu pai sempre adoraram desporto e foram bons atletas nos tempos de escola. Depois não continuaram. Tenho um irmão que joga críquete e é bom, mas eu sou o único membro da família que atingiu nível internacional. O ADN da família é bom».
Tem algum ídolo no mundo do desporto? Algum antigo campeão dos 100 metros, talvez…?
«É curioso que me pergunte isso, porque na minha adolescência eu até era mais forte nos 200 metros. Por isso admirava muito o Donald Quarrie [medalha de ouro nos Jogos de 1976] e o Michael Johnson [quatro medalhas de ouro entre 1992 e 2000]. Eles eram os meus ídolos. Ah, e havia outro desportista que me inspirava. Inspirava e inspira: Kevin Garnett, basquetebolista da NBA. Tem 39 anos e ainda joga [Minnesota Timberwolves]. A forma como se entrega ao jogo é incrível. Motiva todos os colegas à volta dele, é um campeão».
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