Portugal já conhece Aly Cissokho, lateral-esquerdo do F.C. Porto que chegou ao nosso país esta época, via V. Setúbal, e teve uma ascensão fulgurante, passando de perfeito desconhecido a estrela dos tetracampeões nacionais, candidato até a ser o próximo negócio de exportação para uma liga mais competitiva.
O que ainda não se sabia é que o francês tem mais três irmãos, dois deles ainda com ambição de dar o salto. Já se fala em Issa para a Naval mas Demba também pode seguir as pisadas do mano. Quem o afirma é o pioneiro do clã, que os incentiva constantemente e os aconselha a não hesitarem se a oportunidade surgir.
«Quando vim para Portugal, disse à pessoa que me trouxe que tinha dois irmãos com um bom nível. Não o teria feito se não acreditasse que eles têm capacidade para jogar cá. Assim, se o Issa [actualmente no Carquefou, um clube amador] puder vir e o Demba [actualmente no Blois, também amador] tiver uma possibilidade de fazer uns testes, seria óptimo. Somos quatro irmãos que jogamos futebol, três deles cujo sonho foi sempre tornarmo-nos profissionais», conta o defesa do F.C. Porto ao Maisfutebol.
Neste momento, aquele que parece estar na linha da frente para seguir as pisadas do mano é o extremo-direito Issa, de 24 anos. Aly diz estar naturalmente ao corrente das notícias que dão conta da possibilidade de o irmão ingressar na Naval e já o informou daquilo que poderá encontrar em Portugal.
«Ele tem essa proposta e outras, inclusive de bons clubes franceses da Ligue 1, que reparam na sua boa época. Mas é claro que seria muito interessante para ele fazer como eu e tentar uma aventura no estrangeiro. Expliquei-lhe como era a filosofia dos clubes daqui, que apostam muito nos jovens e jogam de forma aberta, sempre ao ataque e tentando fazer golos. Penso que ele poderia dar-se muito bem por aqui», assevera.
Nunca se defrontaram
A perspectiva de poder reencontrar o irmão (ou os irmãos) em Portugal deixa o lateral portista entusiasmado, ao mesmo tempo que acredita que poderiam almejar a um percurso semelhante ao seu: «Seria muito bonito ter cá mais membros da minha família. Como são mais velhos, nunca tive oportunidade de os defrontar em França. Seria muito bom. Poderia acontecer-lhe como a mim. Vir para um clube do meio da tabela e acabar num dos grandes. Há aqui cinco ou seis equipas que lutam pelas competições europeias que seriam um bom partido para eles.»
Quanto ao facto de estar a ser seguido por outros clubes, de Inglaterra, França e Alemanha, é a deixa para o final de conversa com o jovem esquerdino: «Sobre isso, não posso falar nada...»