Cumpre-se esta segunda-feira dia 12 de Dezembro um ano que o F.C. Porto conquistou a Taça Intercontinental. No dia do primeiro aniversário o Maisfutebol lembrou o feito com Derlei, um dos heróis de Yokohama, que mesmo longe diz não se ter esquecido da data. «Acredito que esta recordação é um motivo de satisfação para toda a gente», começou por dizer. «O sonho de qualquer o jogador é conquistar um título mundial».
Pelo menos o dele foi. «Participar na final da Intercontinental a representar o continente europeu não é para qualquer um», garante. «Sobretudo naquela final, que foi a última naquelas moldes. Pessoalmente foi um prazer enorme e foi um dos pontos mais altos da minha carreira. Só comparável à conquista da Taça UEFA ou da Liga dos Campeões».
Na data em que se recorda este feito, há porém um facto incontornável, a equipa que escreveu uma das páginas mais brilhantes da história do F.C. Porto é apenas uma memória. Mudou quase tudo, entretanto. Dos catorze jogadores utilizados por Fernández apenas seis permanecem no clube, os outros oito já foram embora, e até o treinador mudou. Duas vezes, aliás. «Acredito que saí no momento certo», diz Dereli.
«Querendo ou não, a minha saída e a de outros jogadores coincidiu com um período em que a equipa não conseguiu encontrar-se mais nem ter outras grandes conquistas. E claro que num clube que não mantém uma estrutura fica muito complicado continuar a ter sucesso. Mas não tenho mágoa nenhuma. Estou até contente por recordar hoje a data de uma conquista que provavelmente não vou voltar a viver».
«O título mundial de clubes não tem tanta importância na Europa quanto tem na América do Sul»
Curioso no meio disto tudo é que cinco dos jogadores que ajudaram o F.C. Porto a conquistar o troféu estão agora no Dínamo de Moscovo. Para além de Derlei há também Maniche, Costinha, Seitaridis e Nuno. Apesar de tudo, o brasileiro diz que não conversou com nenhum dos companheiros sobre esta data. «A visão que eu tenho é que o título de Mundial de Clubes, por mais que as pessoas tenham memória, não tem tanta importância na Europa quanto tem na América do Sul», diz. «Eu vejo por exemplo o São Paulo, que vai disputar o título Mundial no Japão, e como os adeptos do clube festejam só por o clube estar nesta competição. Na Europa parece-me que as pessoas não dão tanto valor a este título».