O F.C. Porto encara a reabertura do mercado de transferência com ponderação, denotando pouca disponibilidade para fazer investimentos avultados. O clube portista pondera somente alterações de circunstância, compensando eventuais lacunas no plantel. Stepanov, por exemplo, pretende abandonar o Dragão para jogar com regularidade. Edson, cedido à Académica, pode fazer o caminho inverso. O brasileiro sente-se preparado para o desafio.
O empresário de Stepanov confirmou ao Maisfutebol, na passada semana, o interesse do jogador em ser utilizado de forma assídua, abrindo a porta a uma transferência a título definitivo ou temporário. O F.C. Porto está a estudar o caso do central sérvio, procurando alternativas para compensar a sua saída. Gabriel Mercado (Racing de Avellaneda), conforme adiantámos, volta a equacionado nesta fase, mas a contenção de gastos poderá motivar a aposta num elemento dos quadros do clube.
Nuno André Coelho, cedido ao Estrela da Amadora, tem enorme capital de confiança no seio de Dragão, mas a polivalência de Edson marca pontos a favor do defesa brasileiro. Na Académica, Domingos Paciência já utilizou o internacional sub-20 como lateral esquerdo, precisamente o calcanhar de Aquiles no F.C. Porto de Jesualdo Ferreira.
«Fui adquirindo confiança como lateral»
«Sempre deixei claro, desde a minha chegada a Portugal, que representar a equipa principal do F.C. Porto era o meu grande objectivo. Tenho enormes expectativas em relação a esse momento, mas por enquanto ainda não sei de nada. Resta-me continuar a trabalhar para dar o melhor contributo possível na Académica», começa por dizer Edson.
Edson Henrique da Silva tem 21 anos e foi contratado ao Figueirense no início de 2008. O defesa representou a selecção de sub-20 do Brasil no Mundial da categoria, a par do grande amigo David Luiz (Benfica) e Leandro Lima, entre outros. Forte e esquerdino, o jogador foi cedido ao Belenenses na segunda metade da época passada, transitando para a Académica neste defeso. Até ao momento, realizou cinco jogos na Liga 2008/09.
O jovem brasileiro sente-se preparado para singrar no Dragão. «Desde o momento em que aqui cheguei, tenho trabalhado para chegar ao plantel do F.C. Porto. Estou em Portugal há um ano e sinto-me adaptado a este futebol, a esta realidade. Seria um bom momento para ser chamado, mas espero com tranquilidade. Fui colocado como lateral esquerdo na Académica e, com o tempo, fui-me sentindo confortável, fui adquirindo confiança e acho que posso desempenhar bem essas funções», conclui, em conversa com o Maisfutebol.