James Rodriguez, muito prazer

Há um novo Rodriguez a ter em conta no Dragão: James Rodriguez. O colombiano, de apenas 19 anos, nunca tinha sido titular em jogos oficiais. Jogara apenas três jogos como suplente utilizado, que somavam pouco mais de uma hora de jogo. Esta noite teve a oportunidade pela qual esperava e correspondeu inteiramente. Construiu o golo de Falcao, lançou Guarín para a assistência do golo de João Moutinho e ameaçou ele próprio em três remates que saíram perto da baliza. No resto mostrou bom pé esquerdo, jogou simples, teve critério de passe e inteligência na gestão do futebol. A partir desta noite é impossível não poder tornar-se uma opção válida para qualquer circunstância.

João Moutinho, até que enfim, hein?

Fez o primeiro golo pelo F.C. Porto, no fim de uma jogada linda de envolvimento... ao jogo oficial número 24 da época. Já era sem tempo, terá pensado quando levantou os braços ao céu. Mas fez mais. Foi único capaz de rivalizar com James pelo prémio de melhor em campo. Correu, lutou, recuperou bolas, teve toques de arte, motivou palmas dos adeptos. Ele que jogou boa parte do tempo a trinco... Que grande jogo!

Alvaro Pereira, em boa hora voltou

Cumpriu as previsões de André Villas-Boas e voltou ao onze ainda antes do final do ano, no fim de uma recuperação relâmpago da lesão. Em boa hora voltou, aliás. Para lembrar toda a gente do que a equipa ganha com ele em campo, fez um golo (em fora-de-jogo, é verdade) num remate cruzado, assistiu Walter para outro golo e fartou-se de correr o flanco esquerdo em longas cavalgadas que deram profundidade à equipa.

Guarín, mereceu a ovação quer recebeu

Mais uma bela exibição de um jogador que se apresenta em alta nesta fase da época. Por isso mesmo, aliás, arrancou uma bela ovação quando foi substituído por Castro. Para trás tinha ficado, por exemplo, a assistência para o golo de João Moutinho, depois de um excelente entendimento com James e Falcao numa jogada de tiki-taka a fazer lembrar o Barça. Mas não só: fartou-se de correr, de recupera bolas e até... de rematar.

Falcao, capitão indica o caminho

Quem mais para abrir caminho à vitória? Falcao, claro, ele que esta noite até voltou a ser capitão, numa prova de confiança do clube para um jogador que chegou há menos de ano e meio. Marcou o primeiro após cruzamento de James Rodriguez, lançou Guarín para a assistência do golo de Moutinho e serviu Alvaro Pereira no terceiro. Depois saiu, ele que marcou o 17º tento da época e leva uma média de 0,7 golos por jogo.

Tiago Martins, evitou males maiores

Sofreu quatro golos, é verdade que sim, mas acabou por ser o elemento do Juventude de Évora que deu mais nas vistas. Ficou na retina, por exemplo, uma excelente estirada junto ao poste a parar um desvio cheio de classe de Falcao entre os centrais. Antes disso, ainda na primeira parte, parara um remate em arco de James Rodriguez. Numa equipa sem capacidade para mais do que mostrou, Tiago Martins não merecia a goleada.