Alvaro Pereira, um novo mundo
Uma descoberta que promete novos mundos ao lado esquerdo azul e branco. Navega tranquilamente com a bola nos pés, não perde o rumo nem a orientação. A próxima afirmação é arriscada, mas aqui vai: o F.C. Porto não fica a perder nada com Alvaro Pereira em vez de Aly Cissokho. O estilo é agradável à vista, tecnicamente é muito evoluído e tem a vantagem de alinhar com competência também a extremo esquerdo. O uruguaio é um achado. Excelente o pormenor que teve aos 15 minutos, driblando dois adversários e isolando Raul Meireles. O cruzamento que origina o primeiro golo é da sua autoria também.
Fernando Belluschi, promessas e pernas pesadas
Menos influente do que na partida frente ao Leixões. Pareceu acusar o esforço dos trabalhos de pré-época e surgiu menos dinâmico. O que não quer dizer que tenha estado mal, longe disso. Raramente falhou um passe, preocupou-se em jogar de forma simples e directa, mas não teve os rasgos do pretérito compromisso. O momento mais alto do seu jogo apareceu aos 19 minutos: remate em arco a embater com estrondo na trave da baliza monegasca. A qualidade está toda lá, falta adquirir outra condição física. É o candidato número um à sucessão directa de Lucho Gonzalez.
Silvestre Varela, potência nos flancos
Índice qualitativo incomparavelmente superior ao da última aparição. Motivou-se com um excelente lance logo ao primeiro minuto (cruzamento perfeito na esquerda para a cabeça de Mariano) e partiu para uma actuação muito equilibrada. Quando arranca é, efectivamente, perigosíssimo. Se conseguir conjugar toda a potência muscular que possui com um timing correcto na entrega da bola, pode ser um caso sério. É dele também o cruzamento para o golo de Mariano, aos 39 minutos, após explosão dinamitada pela direita.
Maicon, uma alternativa de serenidade
Defesa central muito sereno. É raro vê-lo a fazer uma falta ou a descontrolar-se. Usa muitas vezes a arma da antecipação para anular os atacantes contrários e sai a jogar de cabeça levantada. Nos lances de bola parada ofensivos faz questão de impor a elevada estatura. É uma alternativa interessantíssima à dupla Bruno Alves/Rolando.
Nuno André Coelho, sem erros
Menos de meia-hora em campo desta vez. Contra o Leixões entusiasmara pela maturidade e qualidade colocadas em campo. Agora, em 30 minutos, limitou-se a não cometer um único erro e a demonstrar que não é por ele que o eixo defensivo fica mais débil. Continua a justificar a presença no plantel azul e branco.